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Vídeo: Por quebra molas e segurança, moradores fecham Av. Dalton e ateiam fogo em pneus

O atropelamento de duas garotas de 11 anos na Av. Dalton esquina com Rua Vinícius de Morais quando voltavam da escola estadual Júlio César Reis Oliveira foi a gota d’água para que moradores do bairro JK que pedem redutores de velocidade no local há mais de um ano perdessem a paciência. Cansados da omissão do poder público, eles fecharam a avenida e atearam fogo em pneus, na tarde desta quarta-feira, 27.

Moradores fecharam a avenida e atearam fogo em pneus / Foto: Nayara Souza Moradores fecharam a avenida e atearam fogo em pneus / Foto: Nayara Souza

Com cartazes pedindo mais segurança e desejando força para Luiza e Ellen que seguem internadas, os moradores conseguiram chamar atenção das autoridades com o manifesto. A Polícia Militar, PM, foi rapidamente acionada assim como os Bombeiros que comsumiram mais de 500 litros de água para debelar as chamas e liberar a avenida que ficou fechada por mais de uma hora. Uma pessoa foi presa pela PM por desacato e encaminhada para o registro da ocorrência.

Com um ofício datado de março de 2013 quando fez o pedido para a instalação de redutores de velocidade na avenida, o presidente da associação de moradores do JK, Jairo Francisco da Costa, lamentou o acidente e a morosidade da prefeitura em resolver a questão. “Prometeram, mas ficou apenas na promessa. O poder público é omisso e a cidade está sem segurança”, esbravejou o líder comunitário.

Moradores fecharam o trânsito e pediram mais segurança / Foto: Nayara SouzaMoradores fecharam o trânsito e pediram mais segurança / Foto: Nayara Souza

Uma equipe da Secretaria de Segurança, Trânsito e Transporte esteve no local para tentar acalmar os moradores que voltaram a atear fogo em pneus depois que o primeiro foco havia sido controlado pelos Bombeiros. “A gente vai fazer, mas depende de outras secretarias. O pedido já está na Codesel (Companhia de Desenvolvimento de Sete Lagoas) e vamos fazer o possível para agilizar”, disse o diretor da Seltrans, Jairo Roney, que garantiu a instalação de quatro quebra molas na Av. Dalton.

Líder comunitário mostra ofício de 2013 com pedido de quebra molas / Foto: Nayara SouzaLíder comunitário mostra ofício de 2013 com pedido de quebra molas / Foto: Nayara Souza

Érica, uma das irmãs de uma das jovens atropeladas na última segunda-feria, 25, aos prantos, disse que “não é possível ficar do jeito que está. Minha irmã está quase morrendo no hospital e queremos mais segurança”, cobrou a adolescente apontando para a esquina onde aconteceu o atropelamento.

A irmã de Érica, Ellen foi transferida para um hospital de Belo Horizonte com traumatismo craniano e o maxilar quebrado. A jovem passou por cirurgia na boca, mas segue internada em coma induzido, de acordo com a família.

Luiza, a outra jovem atropelada, se recupera no hospital municipal. No acidente ela quebrou vários dentes e também passou por cirurgia, mas o estado de saúde é menos delicado do que o da amiga Ellen.



Por Marcelo Paiva



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