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Com alta do dólar turismo para o exterior fica mais caro para brasileiros

Quem não daria tudo para poder estar em Miami, Nova Iorque ou Paris, pelo menos uma vez em sua vida? Este sonho já se realizou para muitos brasileiros nos últimos anos graças à baixa cotação do dólar americano. Muitos outros terão que aguardar uma outra oportunidade para realizá-lo porque os tempos do câmbio favorável parecem ter chegado ao fim. Durante as últimas semanas, o valor do dólar comercial alcançou alturas de R$ 2,50, região desconhecida desde a grande crise financeira mundial em 2008. A partir de julho de 2011, anota-se o Real brasileiro cada vez mais enfraquecido, sendo desvalorizado em mais de 50% dentro de apenas três anos. A trajetória recente da moeda americana frente ao real pode ser acompanhada AQUI.

Esta desvalorização tem duas consequências principais. Primeira, as passagens que internacionalmente são calculadas em dólar ficam menos acessíveis para orçamentos definidos. Segunda, cada real trocado por dólar antes da viagem rende uma quantidade cada vez menor, o que limita as opções de alojamento, alimentação e lazer. Consequentemente, o turismo para fora do país se torna mais inviável para a grande parte dos viajantes brasileiros.

Eletrônicos da Aple são muito procurados por brasileiros no exterior / Foto: DivulgaçãoEletrônicos da Aple são muito procurados por brasileiros no exterior / Foto: Divulgação

Apesar dos obstáculos que o forte valor do dólar coloca, há motivos de esperança. Com o aumento da procura por viagens para os Estados Unidos e a Europa nos últimos anos cresceu a oferta de voos comerciais para os mesmos destinos. Existem muito mais voos diretos para Miami do que antes, seja de Recife, Manaus ou do Rio de Janeiro. A previsão das companhias aéreas não é de reduzir a frequência das linhas, mas sim de ocupar as vagas vazias em suas aeronaves, atraindo consumidores com promoções e ofertas. Tendo flexibilidade nas datas de viagem, é possível comprar passagens por menos de U$ 1.000, ou seja, em torno de R$ 2.500 ida e volta.

Além de conhecer as metrópoles e belezas naturais dos EUA, um dos motivos mais citados para viagens são as compras de produtos que no Brasil são importados e custam bem mais caro devido aos impostos. Produtos eletrônicos como iPhone e iPad ou roupas de marca ficam muito mais em conta e as taxas economizadas podem facilmente compensar o gasto da viagem. Enquanto um Macbook Pro custa a partir de U$ 1.300 aqui no Brasil é possível encontrar modelos nos Estados Unidos por menos de U$ 1.000.

A subida da cotação do dólar, portanto, faz com que esta diferença diminua já que muitos varejistas já importaram seus produtos há algum tempo, quando o dólar custava na faixa R$ 2,20 a R$ 2,30. Assim podem oferecer a preços atualmente mais competitivos. Se o valor do dólar portanto continuar nestas alturas, os preços destes produtos caros só tenderão a aumentar, atrasando ainda mais sonhos de consumo. Mas a alta do dólar também é uma chance para a indústria brasileira de se tornar mais competitiva, vendendo seus produtos para fora do país com mais lucro e criando empregos aqui. Talvez seja com esta renda adicional que os brasileiros poderão realizar a viagem dos seus sonhos futuramente.



Da redação



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