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Movimento LGBT denuncia ataques homofóbicos a travestis que atuam nas ruas

Ganhando a vida fazendo programas, travestis que atuam na Rua Policena Mascarenhas estão sofrendo ataques homofóbicos. A denúncia foi feita pelo organizador do movimento de Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travestis, LGBT, Fábio Paiva que está à frente de um trabalho social com os profissionais do sexo que estão espalhados por várias regiões da cidade.

Na última semana pelo menos quatro ataques foram registrados, de acordo com Fábio. “Em um dos casos uma pessoa passou de carro e jogou uma bomba na perna de um travesti que estava na Policena Mascarenhas”, denuncia. Por sorte a vítima não se feriu com gravidade.

Fábio e representantes do movimento em LGBT em atendimento a travestis / Foto: DivulgaçãoFábio e representantes do movimento em LGBT em atendimento a travestis / Foto: Divulgação

O coordenador relata ainda que levou ao conhecimento do comando da Polícia Militar da cidade a negativa de um militar em registrar uma das ocorrências. “Quando o travesti chegou no ponto de policiamento para registrar o fato o militar de plantão disse que não podia fazer nada e que ele deveria sair do local”, replica.

A orientação do comando se o fato voltar a acontecer é a vítima anotar o nome do militar que negar o atendimento para uma investigação interna. Fábio Paiva repassa a informação às terças e quintas-feiras quando vai as ruas para abordagem e entrega de alimentos.

O grupo estende o atendimento aos moradores de rua que ganham comida e cobertores. Uma enfermeira acompanha o grupo para fazer aferição da pressão arterial e orientar sobre doenças sexualmente transmissíveis. 

Sopa distribuída pelo movimento a travestis e moradores de rua / Foto: DivulgaçãoSopa distribuída pelo movimento a travestis e moradores de rua / Foto: Divulgação

“Muitos travestis fazem programa por falta de oportunidades. Vários saíram da casa dos pais por problemas de relacionamento ou pelo fato de os pais não aceitarem a orientação sexual. Então a gente faz esse trabalho de acolhimento e orientação para tentar melhorar a vida dessas pessoas de alguma forma”, finaliza Fábio Paiva.

O grupo pede a ajuda para quem puder colaborar na doação de alimentos, verduras ou até mesmo dinheiro para que o trabalho possa continuar. Para mais informações sobre o trabalho social o telefone é 9743-6777.



Por Marcelo Paiva



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