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Mãe com filho internado no Municipal tem ataque de pânico, quebra equipamentos e acaba na delegacia

Com o filho internado há mais de 50 dias no Hospital Municipal, Vilma de Oliveira Silva Ferreira, 52 anos, teve um ataque de pânico ao ver Adan Silva Ferreira, 25, se contorcendo em dores e promoveu um verdadeiro quebra-quebra na unidade, na tarde da terça-feira, 14. A técnica de enfermagem quebrou vidraças, a imagem de uma santa, virou macas, até ser contida por um médico de plantão. A polícia foi acionada e o caso acabou na delegacia.

Depois de ser ouvida e liberada pela polícia, Vilma admitiu que “surtou”, mas justificou a ira dizendo que o filho ficou sem atendimento de um médico por 12 horas seguidas. “Ele estava vomitando e passando muito mal desde a noite anterior e o médico só foi olhar depois que eu quebrei as coisas lá”, reclama a mãe.

Mãe do paciente foi ouvida e liberada em seguida / Foto: Marcelo PaivaMãe do paciente foi ouvida e liberada em seguida / Foto: Marcelo Paiva

A acompanhante do filho desabafa ainda dizendo que “só queria um médico para olhar ele. A gente não vai atrás de um médico porque a gente quer, e sim porque precisa. As pessoas não sabem a gravidade do caso, qualquer mãe ou qualquer pai faria o que fiz ou pior”, se defende a mulher que tenta a transferência do filho para um hospital de Diamantina.

A coordenação do hospital Municipal garante que o filho de Vilma está sendo assistido como todos os outros pacientes internados e que não houve nenhum problema relacionado a falta de médico no dia do incidente. A coordenadora da rede de urgência e emergência da secretaria municipal de Saúde, Dra. Francimar Lemos Baeta Evangelista, em nota, disse que Vilma não apresentava sinais de nervosismo antes do ataque e que a mulher ainda ameaçou um dos médicos da unidade.

Sobre a falta do especialista a coordenadora explicou que na ala de internação há o médico horizontal (responsável por visitar, diariamente, todos os pacientes internados para acompanhar a evolução do quadro) e que esse profissional estava na rotina de trabalho quando do incidente. A coordenação acredita que a acompanhante não suportou a espera do responsável pelo plantão até chegar ao quarto do filho e começou a quebradeira.

No comunicado, Dra. Francimar explica que Vilma “abordou o Dr. João Paulo, médico cirurgião horizontal, responsável pelos pacientes internados no setor de clínica cirúrgica e fez ameaças. O mesmo a orientou que estava avaliando todos os pacientes e que chegaria a enfermaria onde se encontrava o Adan,” completou.

A direção do hospital reforça que “o paciente Adan está recebendo toda a assistência necessária para o agravo à saúde que apresenta, incluindo medicações, dietas parenterais e outras”. O jovem está internado no Municipal por conta de um quadro de apendicite aguda que já o levou a fazer uma cirurgia no intestino. Ainda não há previsão de alta.



Por Marcelo Paiva



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