A crise econômica anunciada no Brasil continua a fazer suas vítimas em Sete Lagoas. Pesquisa realizada pelo Núcleo de Estudos Econômicos e Sociais – NEES, do Centro Universitário de Sete Lagoas – UNIFEMM, revela que o mercado de trabalho no município teve em abril, pelo 11º mês consecutivo, mais uma retração. O resultado apresentou uma redução de 618 vagas formais, uma diferença entre as 1.643 contratações contra as 2.261 demissões. Os dados são obtidos junto ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério do Trabalho e Emprego. 


SINE Sete Lagoas / Foto: Divulgação

Dos oito setores analisados pelo NEES/UNIFEMM, quatro apresentaram quedas no nível de emprego ao longo de abril, com destaque para a Indústria de Transformação. O setor foi responsável pela extinção de 335 vagas de trabalho, seguido à área de Serviços, com 304 demissões. Somente os setores de Serviços Industriais de Utilidade Pública e Administração Pública não apresentaram queda no período. 

O resultado refletiu de forma direta no posicionamento do município no ranking estadual das cidades geradoras de empregos com mais de 30 mil habitantes. Em abril, Sete Lagoas caiu mais uma posição e passou da 103ª para a 104ª colocação. Dos 110 municípios avaliados, 62 deles apresentaram destruição de vagas ao longo do mês. 

O resultado não foi diferente em Minas Gerais. A pesquisa indica que o Estado apresentou uma retração de 6,9 mil postos formais, também com destaque para a Indústria de Transformação, responsável por 6,4 mil demissões. No Brasil, houve aumento expressivo na taxa de desemprego que, em abril, apresentou um saldo negativo de 97,8 mil vagas de emprego, o pior resultado para o mês desde 1992. Segundo o Ministro do Trabalho, Manoel Dias, diversas empresas desistem de investir devido à percepção de que o país passa por uma crise. “Quem pretende empreender, desiste e não contrata, o que se reflete no mercado de trabalho”, afirmou. 


Com UNIFEMM