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Entenda alguns procedimentos de parto humanizado feito na MNSG

A mídia há algum tempo tem divulgado através de figuras públicas o parto humanizado. A modelo Gisele Bündchen, por exemplo, teve seus filhos Benjamim e Vivian em casa, na banheira de hidromassagem. Gisele relata que todas as vezes que as contrações vinham fortes ela pensava que o seu bebê estava chegando, e esse pensamento ajudava na amenização das dores, pois estava ansiosa para ter sua criança nos braços. Algumas medidas usadas no parto natural e humanizado podem ser observadas dentro da Maternidade Nossa Senhora das Graças (MNSG), que realiza em média 400 partos ao mês.

No ano passado a maternidade passou pelo Programa Estadual de Qualificação da Assistência Perinatal. O curso contribuiu para a capacitação de profissionais da assistência a gestação, parto e nascimento, puerpério, período neonatal e transporte, a fim de reduzir a mortalidade materna e infantil. Além de ser a única maternidade de Sete Lagoas atendendo ainda 35 cidades da região, ela se tornou Referencia Hospitalar com Atenção à Saúde em Gestação de Alto Risco Tipo II, e possui 10 leitos de UTI Neo Natal.

O Parto humanizado na concepção da Doutora obstetra Cíntia Aparecida Santos Oliveira é: “a assistência para que a parturiente possa ter um parto seguro. Que a forma de nascimento do bebê seja ele normal ou cesárea possa ser o melhor parto para aquela paciente, de acordo com suas indicações clínicas e condições clínicas tanto da mãe como do bebê. As vezes o parto mais humanizado para uma paciente é a cesariana e para outra é o parto natural”, enfatiza Dra. Cíntia.

Ainda segundo a médica, a MNSG ganhou muito com a ajuda das Doulas (do grego “mulher que serve”). Elas acompanham as gestantes e auxiliam para um parto seguro, ensinam como fazer massagem, como respirar adequadamente, encaminham a gestante para o banho quente, ensinam o companheiro (acompanhante) a forma que pode auxiliar a parceira para o parto ser amenizado.

Outro profissional que faz um trabalho primordial dentro da maternidade é o fisioterapeuta que com algumas atividades desenvolvidas para a gestante proporciona um parto seguro. Foi comprovado cientificamente que a mulher sentindo-se amparada, amada, apreciada, produz maior nível de hormônio endorfina, que ajuda a bloquear a percepção da dor.

Na esquerda Doutora Cíntia Aparecida Santos Oliveira; no centro a coordenadora de enfermagem, Carina Fernandino Magalhães Lino e na direita a doula, Elia / Foto: Tatiane Guimarães Na esquerda Doutora Cíntia Aparecida Santos Oliveira; no centro a coordenadora de enfermagem, Carina Fernandino Magalhães Lino e na direita a doula, Elia / Foto: Tatiane Guimarães

Atualmente algumas medidas técnicas não são mais rotineiras na maternidade, somente quando se faz necessária. Como pegar veia em todas as parturientes, liga-las ao soro, Episiotomia de rotina (corte na vagina para ampliar o canal de parto e prevenir que ocorra um rasgamento irregular durante a passagem do bebê), a tricotomia (ato de raspagem de pelos na área a ser operada), lavagem intestinal.

A obstetra em entrevista com o site SeteLagoas.com.br, falou da importância da informação do que vai acontecer com a gestante, desde o pré-natal até o pós-parto. “A primeira medida para a gestante ter um parto humanizado/seguro, é ter informação do que vai acontecer com ela. Hoje a MNSG tem um programa de visitas, onde as gestantes do SUS visitam as instalações do hospital e todos os procedimentos antes da chegada do bebê”.

De acordo com a médica o desconhecido assusta de qualquer maneira. “Tendo a paciente junto com a gente, ela entendendo tudo que está acontecendo, tudo fica mais fácil, se o trabalho de parto vira uma cesárea, não vira um bicho de sete cabeças” expressou a Dra. Cíntia, que se diz realizada em sua profissão.

Um fator preocupante não só na MNSG, mas como em todo o Brasil é a falta de profissionais obstetras no mercado. Segundo a doutora a maioria da categoria se especializa em outra área e deixa a obstetria. Em Sete Lagoas o mínimo de profissionais na maternidade tolerável são dois médicos obstetras, um pediatra e um anestesista, em um plantão de 12 horas. Em alguns plantões trabalham três obstetras, número que seria o ideal mínimo.


Por Tatiane Guimarães



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