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Greve dos caminhoneiros chega a Sete Lagoas, mas motoristas se dispersam após queimar pneus

A greve dos caminhoneiros chegou a Sete Lagoas na tarde desta segunda-feira (9). Os motoristas ocuparam o acostamento da BR-040 na altura do posto Canecão. Uma pilha de pneus foi queimado na pista que dá acesso a cidade, mas segundo a Polícia Rodoviária Federal que acompanhou a movimentação, os motoristas se aglomeraram por poucos instantes e depois se dispersaram. Não houve interdição do trecho ocupado durante o protesto.

Protesto em Sete Lagoas/Foto: Gustavo MirandaProtesto em Sete Lagoas/Foto: Gustavo Miranda
A paralisação de caminhoneiros nas estradas, que se iniciou na manhã desta segunda-feira (9), já atinge pelo menos 11 estados. O movimento começou nas primeiras horas da manhã, na região Sul do país. Até agora, foram registradas manifestações no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina, no Paraná, em Minas Gerais, em São Paulo, no Espírito Santo, em Tocantins, na Bahia, no Rio de Janeiro, em Goiás e no Rio Grande do Norte.

Em alguns locais, os motoristas fecharam totalmente a rodovia, causando lentidão no trânsito. Em outras regiões, o movimento ocupou apenas os acostamentos.

Entidades da categoria divulgaram notas em que criticam o protesto. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) classificou como imoral “qualquer mobilização que se utiliza da boa fé dos caminhoneiros autônomos para promover o caos no país e pressionar o governo em prol de interesses políticos ou particulares, que nada têm a ver com os problemas da categoria”. 

Os motorista queimaram pneus mas se dispersaram logo em seguida/Foto: enviada via WhatsappOs motorista queimaram pneus mas se dispersaram logo em seguida/Foto: enviada via Whatsapp

A entidade disse não poder admitir que “pessoas estranhas, sem histórico algum de representação da categoria, utilizem-se do respeito que o caminhoneiro conquistou junto à opinião pública pela força e importância que exercem na economia do país”, e que paralisações, greves e protestos são legítimos desde que organizados por entidades sindicais com prerrogativa legal, e deflagradas por meio de deliberação em assembleia geral.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), entidade filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), disse que os caminhoneiros estão sendo usados em prol de interesses políticos, e que o grupo não representa e não tem compromisso com a categoria. 

“Os caminhoneiros não precisam de mobilização para derrubar governo. Os caminhoneiros precisam de mobilização para regulamentar frete e preço de frete, para melhorar as condições de trabalho como pontos de parada com estrutura adequada, confortável e segura para atender suas necessidades. Quem realmente representa os interesses da categoria está trabalhando e lutando para concretizar as reivindicações dos caminhoneiros”, disse a entidade por meio de nota.

Fábio Roque, um dos líderes do movimento no RS, rebateu as críticas das entidades. “A crítica que eles fazem ao nosso movimento é a prova de que eles estão do lado do governo e, por isso, não têm credibilidade com a classe”. 

Clique AQUI e acompanhe o relatório emitido pela Polícia Rodoviária Federal para ver as cidades envolvidas.

Por Maíra Almeida com O Tempo



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