Na tarde de terça-feira (8) a Prefeitura de Sete Lagoas/Secretaria de Saúde divulgou um comunicado oficial em resposta a uma faixa atribuída ao Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG) com os dizeres: "UPA de Sete Lagoas fecha por falta de salários, medicação e demora nos exames. Chega de descaso!". De acordo com a Prefeitura, ao contrário do que foi divulgado a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) - Dr. Juvenal Paiva não vai fechar.

O comunicado ainda diz que, “nenhum sindicato tem competência para dizer se um órgão público será ou não fechado, causando temor na população de forma irresponsável e repudiável. Sendo assim, a administração garante a continuidade dos serviços prestados na UPA e desmente boatos surgidos na manhã desta terça-feira (8).”

O Sinmed também se pronunciou explicando que a faixa afixada no local “não se refere a fechamento físico da unidade e sim um comunicado à população sobre o fechamento dos atendimentos eletivos durante as paralisações realizadas nos dias 24 e 26 de fevereiro, tendo em vista a negativa da Prefeitura em dar uma resposta efetiva para os profissionais.”

A faixa foi afixada na UPA e segundo o Sinmed não se refere ao fechamento físico da unidade/ Foto: enviada por leitor

De acordo com o Sinmed, os médicos da rede pública de saúde de Sete Lagoas estão em campanha reivindicatória por melhores condições de trabalho e pagamento dos salários atrasados desde janeiro de 2016. Pontuaram que estão aguardando um posicionamento mais eficaz por parte da gestão a fim de evitar novas paralisações, “pois suas reivindicações não são só pela categoria médica , mas também pela garantia dos direitos da população.”

“A luta da categoria é para manter os atendimentos com qualidade na unidade de saúde e não trazer prejuízos para a população. Entretanto, a manutenção da assistência só é possível com condições adequadas de trabalho e valorização dos profissionais, com pagamento em dia de seus salários e 13º salários; que são direitos do trabalhador”, Sinmed.

A prefeitura informou que este não é um caso restrito de Sete Lagoas já que o Brasil está enfrentando uma crise financeira, o que vem acarretando atrasos nos salários e pagamentos de alguns fornecedores. “Mesmo assim, a Prefeitura assumiu a responsabilidade e prioriza a saúde dos sete-lagoanos, assegurando o atendimento nesta renomada instituição, mesmo com falta de recursos dos demais entes federativos”, diz o comunicado.

Por Cristiane Cândido