População pede a volta do atendimento 24 horas no PA Belo Vale
No final da tarde dessa quinta-feira (20), um grupo de pessoas se reuniu em frente ao Pronto Atendimento (PA) Caio Lucius de Oliveira Filho, o PA Belo Vale ou Hospitalzinho, para pedir a volta do atendimento 24 horas na unidade de saúde. Desde segunda-feira (17), o PA está funcionando das 7h às 19h. A medida da Prefeitura Municipal de Sete Lagoas visa reduzir gastos.
Manifestantes interromperam o trânsito na Avenida durante alguns minutos / Foto: Marcelle Louise
Para chamar a atenção da comunidade, os manifestantes pararam o trânsito na Avenida José Sérvulo Soalheiro, bairro Belo Vale. Com cartazes e formando uma barreira humana em parte da Avenida, o grupo gritou “PA 24 horas!”.
Os moradores começaram se mobilizar nas redes sociais. Foi criado um grupo para discutir a situação e organizar os atos de protesto. Também estão circulando dois abaixo-assinados, nas versões online e impressa.
“A manifestação é para chamar a população para, junto com a gente, buscar voltar o PA no período noturno. É um benefício que a população tinha e perdeu. Com o fechamento noturno, o atendimento piorou. A população é carente e a saúde está decadente”, disse um dos organizadores, Wesley Silva.
Esta foi apenas a primeira etapa da manifestação. A próxima já tem data e hora para acontecer. Os manifestantes pretendem comparecer à reunião ordinária da Câmara Municipal na próxima terça-feira (18).
Em nota divulgada na tarde de ontem, a Secretaria Municipal de Saúde reforçou o motivo do fechamento noturno e afirmou que a medida não traz problemas para a população: “Essa mudança foi planejada, visto que a média de atendimentos noturnos era de 60 pacientes, e o Hospital Municipal e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) – onde os pacientes que chegarem ao PA do Belo Vale à noite serão encaminhados – conseguem atender essa demanda, ou seja, o novo horário não acarretará em problemas para a população”.
Segundo Wesley Silva, ao contrário do que foi comunicado pela Secretaria de Saúde, à noite, no local, não há ambulância para encaminhar os pacientes.
Por Marcelle Louise