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Paralisação de obra do Sicoob Credisete traz prejuízos para fornecedores

A 8ª Câmara Civil do Tribunal de Justiça de Minas Gerais julga no próximo dia 31 de agosto o Agravo de Instrumento impetrado pelo Sicoob Credisete na tentativa de reiniciar a obra de seu Centro Administrativo. A sessão é aguardada com grande ansiedade por fornecedores que consideram este o projeto de engenharia mais importante de Sete Lagoas na atualidade. O embargo, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais, teve como argumento a derrubada da fachada do antigo imóvel construído no terreno, localizado ao lado da agência matriz na Praça Barão do Rio Branco (Praça da Prefeitura).

Paralisação da obra da Credisete traz prejuízos para fornecedores/Foto: SDParalisação da obra da Credisete traz prejuízos para fornecedores/Foto: SD

Porém, logo no início da obra, equipe técnica contratada pela cooperativa de crédito constatou que a derrubada seria necessária por colocar em risco a integridade dos mais de 30 funcionários que trabalhavam no local. Um novo pedido foi enviado ao Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compac). O órgão que tem poder deliberativo autorizou a medida emergencial e o Sicoob Credisete garantiu que a fachada seria reconstruída de forma idêntica. “O Compac apreciou o referido pedido e autorizou, com a exigência de que a fachada fosse reconstruída, com uso parcial de materiais originais e que fosse assumida contrapartida financeira para reforma da Biblioteca Pública Municipal”, confirmou o Compac em recente reunião.

A paralisação da obra provocou uma negativa reação em cadeia na economia local. Avaliado em mais de R$ 8 milhões o projeto garante a contração de pessoal e também a compra de materiais e equipamentos somente em Sete Lagoas e região. O Conselho de Administração do Sicoob Credisete definiu que aquisições em outras cidades do país ocorreriam somente em casos de extrema necessidade. Antônio Pontes Fonseca, da Calsete Concretos, considera a obra “importante em vários sentidos”. “É um projeto que provoca o desenvolvimento de vários setores. Nesse momento de crise, a oferta de emprego é fundamental. Para o bem de Sete Lagoas ele deve continuar”. O empresário destaca a ativação do setor de construção em diversos segmentos. “Forneço concreto, mas posso citar, por exemplo, a fornecimento de aço que vem da área do gusa que é muito forte em nossa cidade”, completa.

Alexandre Leão, da Tempersete, empresa de vidros temperados também genuinamente sete-lagoana, lamenta o embargo que prejudicou diretamente o seu planejamento. “Fiquei, juntamente com minha equipe, indignado com esta suspensão. Estaria no momento de fornecermos para o Sicoob Credisete. Esta decisão está trazendo prejuízo não só para minha empresa, mas para a cidade”, desabafa. O comerciante faz questão de elogiar a decisão da cooperativa em prestigiar fornecedores e mão de obra local. “Foi uma medida louvável muito bem recebida pelo comércio. Este tipo de atitude é favorável à economia regional que vive sempre em dificuldades”, justifica.

A reação em cadeia na contratação de funcionários pode ser ilustrada com a Líbero Engenharia, responsável pelo contrato de instalações elétricas, hidráulicas e de telecomunicação. Marcelo Leão, diretor da empresa, paralisou o processo de contratação de pessoal por receio de prejuízos. “Entraríamos neste mês de agosto, montei equipe, planejamento estratégico e fomos pegos de surpresa”, define. Para este projeto ele prevê a contratação de doze a quinze funcionários. “Sem contar que prevíamos o investimento de cerca de R$ 1 milhão somente na compra de materiais que, prioritariamente, seria feita em Sete Lagoas”, calcula. A decisão sobre a continuidade ou não da obra ocorre no dia 31. A defesa do Sicoob Credisete tem como base as autorizações do Compac que, inclusive, atesta o cumprimento de todas as condicionantes exigidas durante o processo de licenciamento.

DA Redação com Ascom Credisete/SD



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