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Baixo índice de vacinação contra a gripe em Sete Lagoas preocupa; campanha acaba na próxima sexta

Falta apenas uma semana para terminar a campanha de vacinação contra a gripe, mas tem muita gente que ainda não se protegeu contra a doença, que pode gerar quadros graves e até levar à morte.

Foto: www.intercambiodireto.comFoto: www.intercambiodireto.com

Em Sete Lagoas, chama a atenção o baixo índice de imunização entre os profissionais da saúde. No último balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde, apenas 28% desse público alvo havia tomado a dose.

Uma taxa preocupante se se levar em conta que essas pessoas atuam em ambientes onde estão expostas ao vírus Influenza, com alto risco de infecção. Além disso, podem ser propagadores da gripe.

A diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Janaína Fonseca Almeida, alerta que é de extrema importância que esses trabalhadores tomem a vacina.

“Eles podem adoecer e transmitir para outros, podendo gerar até um surto em ambiente hospitalar”, ressalta.

De uma forma geral, a cobertura vacinal em Sete Lagoas ainda está longe da meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 90%. De 23 de abril até 12 de maio, foram aplicadas 3.720 doses da vacina na população que se enquadra nos grupos, o que representa 52,71% do total.

O público-alvo inclui crianças maiores de seis meses e menores de 5 anos, gestantes, puérperas (mulheres com até 45 dias de pós-parto), idosos, profissionais da saúde e professores das redes pública e particular.

CRIANÇA E GESTANTE

A Secretaria Municipal de Saúde também está preocupada com a baixa proteção entre crianças e gestantes. Menos da metade procurou os postos para receber a dose.

“As crianças são o público que transmite o vírus por mais tempo. Por isso, a Secretaria de Saúde está realizando busca ativa delas e de gestantes que ainda não se vacinaram”, explica Guilherme Menezes, referência técnica em imunização da Secretaria Municipal de Saúde.

Nesta época do ano, em que o tempo está seco, as crianças apresentam vários problemas respiratórios como tosse, secreção nasal, dificuldade respiratória e espirros. Guilherme explica que esses sintomas não são contraindicação para receber a vacina.

“Os pais não deveriam esperar para vacinar os filhos, uma vez que estamos cada vez mais próximos do inverno, época de maior circulação do vírus da Influenza”.

Questionado sobre as possíveis razões do baixo índice de imunização, Guilherme Abreu Menezes, da Referência Técnica de Imunização e Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Sete Lagoas emitiu a seguinte resposta:

“Primeiramente, nenhum grupo atingiu a cobertura de 90% ainda porque muitas pessoas deixam para vacinar próximo ao final da campanha. Segundo, que, a maioria dos profissionais da saúde vacinam em seus locais de trabalho. É fornecido a vacina de gripe para todos os hospitais e clinicas com pronto atendimento, mas de forma gradativa porque o Ministério da Saúde entrega as doses aos pouco. Então temos que agendar aos poucos com os hospitais para não faltar vacina nas unidades para atendimento a população. Terceiro, que a nossa preocupação maior é com a cobertura de crianças e gestantes. São as coberturas mais baixas. As gestantes tem uma queda da imunidade durante a gestação, o que pode aumentar o risco de morte pelo vírus da gripe. Já as crianças quando estão gripadas, transmitem a doença por mais tempo que o adulto e também é mais vulnerável a ter complicações em sua saúde pela gripe”.

NO ESTADO

Neste ano, cerca de um milhão de pessoas ainda não se vacinaram em Minas, que já registra 53 casos da doença. A cobertura é de 73%. “Passado o prazo da campanha, teremos muita gente desprotegida e sabemos que os vírus estão circulando fortemente nesse momento. A recomendação é procurar um posto de saúde assim que possível”.

Para a infectologista Silvia Hees, a desinformação em relação à gravidade do vírus da gripe é um dos motivos para a falta de prevenção.

A médica afirma que muitas pessoas ainda duvidam da evolução da enfermidade e até acreditam que se trata de um simples resfriado.

“Certamente, com uma baixa cobertura, o número de casos pode aumentar, além da possibilidade de combinações. Ou seja, a pessoa pode ter outras infecções bacterianas junto com a gripe”, explica.

Especialistas ainda indicam que os maiores de 60 anos tomem a vacina pneumocócica, que previne a pneumonia.

Campanha de vacinação termina no dia 1º de junho, em todo o país, e não há previsão de que seja prorrogada. A dose leva cerca de 30 dias para proteger a pessoa contra a Influenza, por isso é indicado se imunizar antes de o inverno chegar.

Com Portal Sete



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