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Leishmaniose visceral já matou três pessoas em Sete Lagoas

Ao menos três pessoas foram vítimas de leishmaniose em Sete Lagoas, em vítimas acima dos 40 anos. Em coletiva concedida no gabinete do prefeito Duílio de Castro, o executivo municipal explicou o procedimento do Centro de Controle de Zoonoses, após diversas polêmicas envolvendo protetores de animais.

Coletiva nesta sexta-feira aponta mortalidade alta da leishmaniose visceral em Sete Lagoas / Foto: Prefeitura de Sete LagoasColetiva nesta sexta-feira aponta mortalidade alta da leishmaniose visceral em Sete Lagoas / Foto: Prefeitura de Sete Lagoas

Na coletiva, foram informados que ao menos oito casos foram registrados da doença em humanos, inclusive em duas crianças, de 2 e 7 anos. “Enquanto a taxa de letalidade mundial da leishmaniose visceral em humanos de 25%, em Sete Lagoas é de 50%. Ou seja, metade das pessoas contagiadas podem vir a óbito”, ressaltou Maria Tereza Rodrigues, da epidemiologia da CCZ municipal.

A leishmaniose visceral é o tipo da doença mais agressiva,sendo transmitida por meio da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha. Eles são pequenos e têm como características a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semiabertas. A transmissão acontece quando fêmeas infectadas picam cães ou outros animais infectados, e depois picam o homem, transmitindo o protozoário Leishmania chagasi, causador da Leishmaniose Visceral.

Polêmica
A entrevista coletiva do poder público municipal se deu após diversas polêmicas nas redes sociais sobre a eutanásia de animais doentes com a leishmaniose. O tratamento contra a doença no animal segundo a Prefeitura é muito caro - o medicamento utilizado para isso é o milteforan. “Há somente dois caminhos: o tratamento ou entanásia. A prioridade é sempre a saúde humana”, afirma o promotor Paulo Cezar Ferreira da Silva, curador da saúde do Ministério Público de Minas Gerais. "Sabemos que existe o tratamento, mas ele ainda é muito caro e muitos tutores não têm condições de custear o tratamento. Um único medicamento pode custar mais de R$ 2 mil, fora as consultas", afirma. 

“O procedimento da eutanásia é a única medida direta recomendada no Manual de Vigilância, Prevenção e Controle de Zoonoses: Normas Técnicas e Operacionais do Ministério da Saúde de 2016 para o controle do reservatório canino sendo uma decisão exclusiva do proprietário/responsável/tutor e autorizada pelo mesmo”, comenta Patrícia Silveira, coordenadora do Centro de Zoonoses de Sete Lagoas.

Outra zoonose na cidade
Além disso, há outra zoonose em circulação na cidade, a esporotricose. Ela é causada por fungo, e o gato é seu vetor. Os sintomas da esporotricose aparecem após a contaminação do fungo na pele. O desenvolvimento da lesão inicial é bem similar a uma picada de inseto, podendo evoluir para cura espontânea.

Da redação



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