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Jacaré não disputa o Estadual do Módulo II por falta de verba financeira

Depois de quase duas décadas de atividades e disputas ininterruptas no futebol profissional, 2016 ficará marcado como sendo o primeiro ano, após esse longo período, no qual o Democrata não participará de nenhuma competição da Federação Mineira de Futebol. 

Os valores previstos para a cobertura destas despesas ao longo de todo o campeonato giravam em torno de R$ 150 mil / Foto: Renato GuedesOs valores previstos para a cobertura destas despesas ao longo de todo o campeonato giravam em torno de R$ 150 mil / Foto: Renato Guedes

O Campeonato Mineiro da Terceira Divisão, que será disputado a partir do fim de julho e que apontará duas agremiações para o Módulo II de 2017 não contará com o centenário clube de Sete Lagoas. 

Após várias tentativas junto às equipes participantes da Série A do futebol nacional (Atlético, Cruzeiro, América e Atlético-PR), a diretoria do Jacaré viu as possibilidades de disputa se transformarem numa grande frustração. 

O último suspiro foi na reunião da semana passada, em Belo Horizonte, com membros da diretoria americana. O time da capital concordou com parte da proposta de parceria, em que cederia um grupo de jogadores com idade sub-23 e uma comissão técnica inteira. Todo o ônus salarial e de encargos trabalhistas ficariam com o América. 

Para o Democrata restaria viabilizar a parte operacional, isto é, pagar as despesas com viagens, hospedagens, alimentação e taxas da Federação Mineira de Futebol. Os valores previstos para a cobertura destas despesas ao longo de todo o campeonato giravam em torno de R$ 150.000,00. 

Lamentavelmente, a diretoria do Democrata não conseguiu meios para levantar esse recurso, o que colocou fim, de uma vez por todas, a qualquer possibilidade de participação da equipe no arbitral, programado para o dia 05 de maio, em Belo Horizonte e consequentemente na competição. 

Desde 2003 a equipe vinha participando do Campeonato Estadual. Em 2004, presidido por Humberto Timo, conseguiu o acesso para retornar à divisão de elite mineira e de 2005 a 2008 permaneceu na Primeira Divisão. A partir de 2009, com a queda para o Módulo II começou um grande calvário para a torcida, imprensa e desportistas de Sete Lagoas, com sucessivas disputas fracassadas tanto no Módulo II, quanto na Terceira Divisão. Mas, fracasso maior do que sequer participar do certame, não existe e em 2016 a torcida democratense vai experimentar essa terrível sensação! 

Conforme analisado anteriormente, o futebol profissional de Sete Lagoas segue agonizando, cada dia pior, muito perto do fim e como não há perspectivas positivas a curto e médio prazos, a tendência é de que os próximos anos sejam iguais a este lastimável 2016!



Por Álvaro Vilaça



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