Gravem este nome: Lourenço Gasperini. Desde criança, o “mineirim” de risada fácil respira o esporte das raquetes. Ainda bem pequenino iniciou sua trajetória nas quadras de saibro do Clube Náutico de Sete Lagoas, carregando uma raqueteira (mochila do tenista) maior do que sua própria estatura. 

O objetivo de ser tornar um atleta profissional era nítido, quando Gasperini entrava em quadra o que se via era dedicação e garra, ficando muitas vezes mais de 8 horas treinando sob forte sol com o seu professor Arlem Tavares ou com amigos. 

Lourenço Gasperini atinge pontuação no ranking da ATP / Foto: Divulgação

O menino sete-lagoano já mostrava que levava jeito para a coisa e logo deixou de ser aluno para virar atleta. Hoje, com 18 anos, Gasperini tem seu nome registrado na mais alta hierarquia do tênis mundial, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). 

Carismático e de bem com a vida, Lourenço deixou seus pais para ir em busca do seu sonho. Fixando residência em Itajaí, Santa Catarina, o tenista segue no circuito com a certeza de alcançar voos maiores. 

No começo do mês de julho, o garoto furou o pré quali da Copa Ateneu Mansor de Tenis Masculino, Future de US$ 10 mil, no Clube de Tênis Catanduva, recebendo um wild card (convite) para entrar na chave principal do torneio. Nas oitavas de final, o sete-lagoano surpreendeu a todos e derrotou o japonês cabeça de chave 6, Ryusei Makiguchi, por 3 sets a 0, parciais de 6/7 (5-7), 6/3 e 6/4. 

Com o bom resultado, Gasperini alcançou as quartas de final e se tornou a atração do Future paulista. Diante dessa boa campanha, Lourenço conseguiu seu primeiro ponto no ranking da ATP. “Eu já tinha ganhado a primeira rodada, então eu já estava feliz de ter conquistado o primeiro ponto no profissional. Para mim a sensação foi muito boa, está sendo inesquecível”, disse Lourenço Gasperini. 



O tenista sete-lagoano disputa nesta semana a Copa das Federações em Uberlândia. Em seguida, joga o Brasileirão de tênis e depois embarca para os Estados Unidos ou para a Europa em busca de somar mais pontos nos concorridos torneios internacionais da modalidade. “Estou com muita confiança e ciente que estou bem para jogar com os caras mais velhos. Agora em diante, vou tentar entrar nas chaves principais direto sem precisar jogar o quali”.

Por Naiara Barbosa