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Atlético deve corrigir erros para se recuperar no Brasileirão

Foram necessários 1.011 dias para que o Atlético voltasse à primeira colocação do Campeonato Brasileiro, posto que havia ocupado pela última vez em 12 de agosto de 2015. Ao fim da sexta rodada, o time alvinegro - empolgado pela vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, em 19 de maio de 2018 - retornava à ponta da principal competição do país. A liderança, entretanto, não durou muito. Apenas uma semana e meia depois, uma queda vertiginosa: do topo da tabela à oitava posição.

Thiago Larghi vive momento instável no Brasileirão/ Foto: Bruno CantiniThiago Larghi vive momento instável no Brasileirão/ Foto: Bruno Cantini

Explica-se

Nos últimos dois jogos, o Atlético não conquistou pontos. Na partida contra o então vice-líder Flamengo, revés por 1 a 0 em pleno Independência. Em seguida, derrota por 3 a 2 para o Sport, de virada, na Ilha do Retiro, no Recife. Mas o que mudou nas últimas apresentações do time comandado por Thiago Larghi? O Superesportes listou os três principais erros que a equipe não pode repetir neste sábado, a partir das 16h, contra a Chapecoense, no Horto.

Abandono à ideia de jogo

Após um início de trabalho em que apostava nos contragolpes, Thiago Larghi definiu: sob o comando dele, o Atlético tentará ter a posse por mais tempo que o adversário e, com isso, assumirá o papel de propor o jogo. E sempre com a bola no chão. Não à toa, o time alvinegro é o terceiro que mais trocou passes certos nas oito rodadas iniciais do Brasileirão (3477), atrás apenas de Grêmio e Atlético-PR.

Contra o Flamengo, entretanto, a contradição entre proposta de jogo e o que de fato foi visto em campo foi latente. Com dificuldades de vencer o bloqueio defensivo rival, o Atlético apelou para os cruzamentos. Foram impressionantes 49 bolas lançadas na área rubro-negra (dez certas e 39 erradas), recorde da equipe no ano (veja no gráfico abaixo). Tudo isso em um cenário em que Ricardo Oliveira, principal cabeceador do elenco, não estava em campo por conta de uma virose.

Pontaria ruim

Apesar dos muitos cruzamentos, o Atlético fez uma boa partida contra o Flamengo. O time alvinegro criou as melhores oportunidades e acertou o travessão em duas oportunidades. Faltou, entretanto, o gol. Foram 15 finalizações contra a meta defendida pelo goleiro Diego Alves. Diante do Sport, o cenário foi melhor: dois gols em 13 chutes. Apesar disso, o próprio Thiago Larghi admitiu que a equipe poderia ter aberto o placar contra os pernambucanos para, com isso, administrar a vantagem na Ilha do Retiro com maior tranquilidade.

“Tivemos chances para fazer 1 a 0. Chegamos com chances claras para fazer o gol, mas não fizemos e fomos para o intervalo perdendo por 1 a 0”, descreve o treinador, que já havia lamentado a pontaria ruim dos jogadores no duelo contra o Flamengo. “Precisamos fazer o gol. A gente sabe disso, a gente sabe que precisa melhorar nesse aspecto, não é de hoje, não é de agora. É trabalhar em função disso”, analisou.

Os números endossam a análise de Larghi. O Atlético é o time que mais finaliza corretamente no Brasileirão. Dos 58 chutes no alvo, entretanto, apenas 11 pararam no fundo das redes adversárias. O artilheiro da equipe e da competição é Róger Guedes, com cinco gols marcados.

Falhas no sistema defensivo

Gabriel (e) e Leonardo Silva (d) formavam a dupla de zaga; Bremer entrou no lugar do capitãoGabriel (e) e Leonardo Silva (d) formavam a dupla de zaga; Bremer entrou no lugar do capitão

Com Thiago Larghi, o Atlético melhorou defensivamente. Em 28 partidas sob o comando do treinador, o time alvinegro não levou gols em 14 oportunidades. O problema, porém, é que a consistência nesse aspecto não tem se repetido nos compromissos pelo Campeonato Brasileiro. O goleiro Victor foi vazado dez vezes nas oito primeiras rodadas - média de 1,25. Contra o Sport, a equipe sofreu três gols num mesmo jogo pela primeira vez no ano.

“Fizemos um bom jogo (contra o Sport) e conseguimos virar o placar, mas não tivemos a maturidade suficiente para segurar o resultado. Temos que levantar a cabeça e pensar no próximo jogo, contra a Chapecoense. É manter a confiança no trabalho e na comissão técnica, e buscar os três pontos de qualquer maneira no sábado”, avaliou o zagueiro Gabriel.

A primeira linha do 4-1-4-1 do Atlético sofreu modificações ao longo da temporada. Na lateral direita, Patric deu lugar a Emerson, que estreou contra o Cruzeiro. A dupla de zaga foi formada a partir de combinações entre Gabriel e Bremer ou Leonardo Silva. Este último tem ficado no banco de reservas. Fábio Santos, na esquerda, é titular absoluto.

Os últimos dois jogos ficaram marcados por erros individuais (como o de Emerson no gol do Flamengo) e coletivos (como no primeiro gol do Sport, em que a bola cruzou o campo inteiro). Não repetir as falhas será fundamental para o Atlético no duelo contra a Chapecoense, que deve se fechar e tentar contra-ataques no Independência. É a chance de conseguir a recuperação e voltar às primeiras colocações da tabela.

Da Redação com Supersportes



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