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Gabigol, do Flamengo, recebe uma suspensão de dois anos por tentativa de manipulação em teste antidoping; pena vai até 2025

Gabigol foi condenado com uma suspensão de dois anos devido à tentativa de manipulação do exame antidoping. O processo, iniciado na semana passada, foi concluído nesta segunda-feira pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), em uma sessão que durou pouco mais de duas horas.

Foto: Reprodução Internet/Getty ImagesFoto: Reprodução Internet/Getty Images

Por uma questão técnica regulatória antidoping (ver mais abaixo), a punição entrou em vigor a partir de 8 de abril de 2023, data em que os exames foram coletados no CT do clube, mesmo que o jogador estivesse ativo durante o último ano. Assim, ele está impedido de competir até abril de 2025. Há a possibilidade de recurso.

O julgamento foi acirrado, com o placar de 5 a 4 a favor da penalização ao atacante.

Com a suspensão de dois anos - em uma punição que poderia ter chegado a quatro anos -, Gabigol poderá retornar às competições em abril de 2025 - ao invés de abril de 2026, como seria caso a punição tivesse iniciado nesta segunda-feira - devido a uma questão técnica prevista no Código Brasileiro Antidopagem. A vice-presidente do Tribunal de Justiça Antidopagem, Selma Melo, explicou que o código estabelece o seguinte no inciso II do artigo 163 - o qual trata do início do período de suspensão:

"na hipótese de atrasos substanciais no procedimento de gestão de resultados e, quando demonstrado pelo atleta ou outra pessoa que não deu causa a tais atrasos, a ABCD ou o TJD-AD, conforme o caso, poderá estabelecer o início do período de suspensão: I – na data de coleta da amostra;" (Trechos extraídos do Código Brasileiro Antidopagem)

Gabigol foi acusado de violar o artigo 122 do Código Brasileiro Antidopagem, o qual se refere a "manipulação ou tentativa de manipulação de qualquer parte do processo de controle". O código prevê uma suspensão de até quatro anos em caso de condenação.

A defesa contou com o depoimento do bioquímico LC Cameron, que foi chamado para discutir métodos e técnicas de detecção de exame antidoping. Ele foi questionado pelos advogados representantes de Gabigol, pela Procuradoria do tribunal e pelos auditores. Durante o depoimento, Cameron afirmou que, principalmente do ponto de vista do resultado da coleta, não haveria indícios de irregularidade.

Recurso na CAS O jogador foi representado pela equipe do advogado Bichara Neto, que defendeu Paolo Guerrero na suspensão por doping nos tribunais da Fifa em 2017. O vice-presidente geral e jurídico do clube, Rodrigo Dunshee, também participou da sessão em defesa do atacante, que pretende recorrer com o apoio do Flamengo à Corte Arbitral do Esporte, na Suíça, um tribunal da Fifa.

A denúncia foi feita no fim de dezembro. A defesa do jogador foi enviada no dia 26 de janeiro, dentro do prazo, e incluiu imagens das câmeras de segurança do Ninho do Urubu para tentar corroborar a versão do atleta.

No último dia 20, foi realizada uma sessão de cinco horas, de forma online, para o início do julgamento no Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD). Gabigol prestou depoimento por videoconferência, assim como outras sete testemunhas.

Naquela ocasião, o tribunal decidiu encerrar a sessão e continuar nesta segunda-feira, também de forma remota. Gabigol novamente participou da sessão nesta tarde. Um dos argumentos da defesa do jogador é que o exame de sangue, considerado mais efetivo, foi realizado.

Da Redação com  GE

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