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Operação 'Apate' desmonta quadrilha que realiza fraudes milionárias em Minas; líder do grupo está foragido

Um contador foi preso, no sábado (15), na segunda fase da Operação Apate, que combate lavagem de dinheiro e fraudes em Minas Gerais e tem como objetivo desarticular uma quadrilha suspeita de movimentar cerca de R$ 150 milhões. A Polícia Civil também prendeu a namorada de um dos suspeitos de chefiar o grupo, que ainda não foi detido. 

Reprodução / RecordTV MinasReprodução / RecordTV Minas

A operação teve início na quinta-feira (13) em Belo Horizonte, Contagem, na Região Metropolitana, e Pará de Minas, na Região Central, onde fica um sítio do suspeito preso, que foi alvo de mandado de busca e apreensão.

De acordo com o delegado Vinícius Dias, entre 20 e 25 empresas foram criadas e tiveram o capital social aumentado. “Com o produto do ilícito, essas empresas recebiam esses valores e depois eles transformavam em bens lícitos, em dinheiro lícito”, explica. Ainda segundo o delegado, imóveis na capital e no interior foram comprados com esse dinheiro.

"Eles criavam nome de empresários, pegavam a CNH de grandes empresários não só de Minas como no Brasil como um todo, criavam documentos falsos, criavam nome de empresas fictícias em nome desses empresários. Como esses empresários tinham lastro grande no mercado eles passavam a criar também além de contas bancárias fantasmas em nome desses empresários que foram vítimas e, a partir daí, começavam a fazer empréstimos financeiros com instituições financeiras, consórcios de imóveis", explicou o delegado na quinta-feira.

Dias disse ainda que os suspeitos fechavam as empresas fantasmas e criavam outras sem que as vítimas percebessem.

Dentre os alvos dos golpes, de acordo com a polícia, estão empresários do ramo da construção civil, cartórios, instituições financeiras e até o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

De acordo com a polícia, o homem preso é pai de um dos suspeitos de chefiar a quadrilha e funcionário da Andrade Gutierrez. Conforme o delegado, a construtora foi prejudicada pelo esquema.

Dias explicou que um dos herdeiros da Andrade Gutierrez teria sido vítima da quadrilha, que usou o nome dele para habilitar uma linha telefônica. Os integrantes do grupo, segundo o delegado, queriam transferir R$ 16 milhões da conta dele, mas não tiveram sucesso porque o banco avisou antes. Procurada, a empresa disse que não vai comentar o caso.

Na chegada ao Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, o homem detido disse que não sabia por que estava sendo preso. Já a mulher não falou com os jornalistas.

Conforme o delegado, eles foram presos em flagrante em um prédio de escritórios, na Região Centro-Sul da capital, quando pretendiam queimar documentos e celulares.

Na quinta-feira, a operação tentou cumprir seis mandados de busca e apreensão e três de prisão, mas, na data, os suspeitos não foram detidos. Um dos suspeitos abandonou a cobertura de luxo onde mora, na Região Oeste da capital, pouco antes da chegada da polícia. O apartamento, que teria sido comprado com dinheiro de fraude, tinha vários cômodos revirados.

Os suspeitos podem responder por lavagem de dinheiro, fraude processual, falsidade ideológica, falsificação de documentos particulares e públicos.

As contas bancárias dos investigados foram bloqueadas e houve quebra do sigilo bancário e fiscal. Segundo Dias, também foi feito o bloqueio de imóveis.

Com G1



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