Dono do carro que atropelou e matou duas pessoas em Sete Lagoas é liberado após pagar fiança; polícia busca por condutor
O proprietário do veículo envolvido no atropelamento nessa quinta-feira (18), que acabou matando uma mulher e um bebê de 5 meses, no bairro Dona Sílvia, em Sete Lagoas, foi preso e liberado após pagamento de fiança.
Segundo a Polícia Civil (PC), R.P.F.L., de 27 anos, foi autuado em flagrante por "homicídio culposo na direção de veículo automotor". As penas são "detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor".
Ainda de acordo com a polícia, após ser ouvido, o homem foi liberado com pagamento de fiança de R$ 4.400. A investigação segue em andamento.
Já M.W.S.G., de 18 anos, que dirigia o veículo no momento do acidente, seguia foragido até as 14h desta sexta-feira (19). "Todas as medidas cabíveis estão sendo adotadas para sua localização", disse a Polícia Civil.
A prisão do proprietário do veículo
Segundo a Polícia Militar (PM), R.P.F.L., de 27 anos, foi localizado escondido em um matagal. O homem confessou que entregou direção a um jovem de 18 anos, mesmo sabendo que ele era inabilitado. Ainda de acordo com R.P.F.L., havia mais três pessoas no veículo além deles, um outro homem e duas mulheres.
O proprietário do carro disse à PM que fugiu do local do acidente após ser agredido por populares e ouvir disparos de arma de fogo. A perícia compareceu ao endereço e localizou duas cápsulas de calibre 380 no chão, além de ter constatado perfurações de arma de fogo no automóvel.
O atropelamento
Uma babá, de 41 anos, e um bebê, de 5 meses, morreram atropelados enquanto estavam na calçada, no fim da tarde dessa quinta-feira (18), no bairro Dona Sílvia.
Adriana Aparecida Pereira estava com a irmã e o bebê Brian Henrique da Silva, na porta de casa, quando um carro desgovernado invadiu o terreno e os atropelou.
Adriana não resistiu e morreu antes da chegada do socorro. A irmã dela ficou com o braço quebrado e a criança chegou sem vida ao hospital.
“Foi a pior cena da minha vida, ver minha mãe debaixo do carro e não poder fazer nada”, lamentou o filho da Adriana, Marlon da Cruz.
De acordo com a polícia, cinco pessoas estavam no carro. Elas faziam uma festa em uma casa vizinha e tinham saído pra buscar bebidas. O motorista, de 18 anos, que era inabilitado, não conseguiu fazer a curva e invadiu o terreno.
Populares incendeiam casa
Revoltados, os vizinhos foram até a casa onde ocorria a festa, jogaram pedras e atearam fogo. O imóvel foi todo destruído. Segundo a PM, a casa é da mãe do motorista.
Os parentes da criança se mobilizaram depois do acidente e pediram justiça. A mãe, que estava trabalhando como cozinheira, passou o tempo todo amparada pelos familiares.
“O Bryan era um bebê que trouxe muita alegria pra nossa casa e ver ele partindo assim, dói demais”, desabafou o padrinho, Régis Aguiar.
Da redação com G1
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