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Homem é suspeito de estuprar, matar e esconder corpo de cunhada em Itabirito

Um homem de 42 anos foi preso pela Polícia Civil suspeito de matar a cunhada de 44 anos, em Itabirito, na região Central de Minas Gerais. As apurações indicam que ele tenha estuprado a vítima antes de cometer o feminicídio, que foi consumado com agressões e sufocamento. Ele jogou o corpo em uma mata de difícil acesso, onde a mulher foi encontrada ao lado de camisinhas e com a boca fechada por fita.

Para a Polícia Civil há fortes indícios de que a mulher tenha sofrido violência sexual antes de ser morta - Foto: Chiara Ribeiro - ItatiaiaPara a Polícia Civil há fortes indícios de que a mulher tenha sofrido violência sexual antes de ser morta - Foto: Chiara Ribeiro - Itatiaia

A prisão ocorreu no último dia 17 e o caso foi apresentado pela Polícia Civil nesta segunda-feira (22). A vítima, que não teve o nome divulgado, desapareceu no último dia 26 de fevereiro. Todos os dias, um taxista a buscava para levá-la ao trabalho. Na data, quando o taxista chegou à casa dela foi atendido pelo suspeito que disse que a mulher já tinha saído para o trabalho. No entanto, isso não aconteceu e ela não voltou mais para casa.

A polícia começou diligências para tentar encontrar a mulher. Após uma semana, a mochila dela foi achada em uma mata, próximo a um riacho. Depois o corpo foi encontrado já em estado de decomposição. Exames periciais comprovaram que o corpo era mesmo da vítima desaparecida. Ela tinha as mãos amarradas por fita e por um sutiã e a boca fechada também por fita.

A partir de então, familiares da mulher começaram a ser ouvidos pela Polícia Civil. O suspeito, que era casado com a irmã da vítima, deu muitas versões contraditórias sobre o desaparecimento, o que chamou a atenção da polícia. "Ele contou algumas histórias estranhas, como que teria servido o Exército, que teria arrumado problema com um tenente-coronel no Rio de Janeiro, o que foi afastado posteriormente. Além disso, ele apresentou um comportamento estranho com os outros familiares. A mulher dele parecia estar com medo de morar com ele, durante as investigações", relatou o delegado Frederico Mendes.

Segundo o delegado, a princípio, o homem negou o crime, depois disse que a cunhada teria tentado matá-lo com uma chave de fenda e que ele agiu em legítima defesa. Ela teria caído no chão, ele caiu em cima dela e a mulher morreu, segundo o suspeito. "Essa versão dele não condiz com os fatos, já que a mulher estava com a boca tapada com fita e com 12 fratura nas costelas, coisa que não ocorreria em uma simples queda", detalhou o policial.

Questionado sobre não ter acionado a polícia, o suspeito disse que ficou sem saber o que fazer e que apenas chorou ao lado do corpo da vítima. Durante as investigações e depoimentos, o suspeito contou que voltou duas vezes ao local onde estava o corpo da mulher. Ele se mostrou bastante frio e continuou reafirmando que foi legítima defesa. O supeito disse ainda estar arrependido de ter matado a mulher.

Polícia suspeita de crime sexual

Para a Polícia Civil há fortes indícios de que a mulher tenha sofrido violência sexual antes de ser morta, já que havia camisinhas perto de onde o corpo foi encontrado. Além disso, a polícia trabalha com a hipótese de que a vítima possa ter sido morta por não ceder às investidas do homem ou até por já ter sido estuprada.

"A vítima, a irmã dela e o cunhado, moravam na mesma casa, no entanto, pouco antes da morte, a mulher disse a alguns familiares que pretendia se mudar. Ela não contou o motivo. Antes do ocorrido, o trio vivia de forma harmoniosa", explica o delegado.

De acordo com as investigações, o homem colocou a cunhada no porta-malas do carro dele e saiu com ela até a mata. Ele vai responder pelo feminicídio com as qualificadoras de impossibilidade de defesa da vítima e ocultação de cadáver. Se ficar confirmado o estupro, ele irá responder também pelo crime.

O homem é suspeito também de um outro estupro na cidade de Ouro Preto, na região Central do Estado. Ele está no sistema prisional e as investigações procedem. Se ele for condenado, pode pegar de 20 a 30 anos de prisão. O delegado pediu que toda mulher vítima de violência faça a denúncia via telefone 180 ou em uma delegacia.

Com O Tempo

 



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