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Vingança: Polícia Civil aponta que líder do tráfico é responsável por morte de ex-agente penitenciário

Uma vingança pode ter causado a morte do ex-agente penitenciário, Ricardo Alexandre da Silva, de 46 anos. O homem foi assassinado na porta de casa, no bairro Vila Sumaré, na região Noroeste de Belo Horizonte, quando chegava do trabalho, na noite do dia 23 de setembro.

Foto: Videopress ProdutoraFoto: Videopress Produtora

A vítima, que trabalhava como motorista de aplicativo, tentou se refugiar dentro de casa, mas os criminosos invadiram a moradia dele e realizaram a execução. Câmeras de vigilância da residência da própria vítima registraram o momento exato do crime.

Segundo a polícia, o mandante do assassinato é líder de uma importante e violenta facção criminosa, responsável em comandar com "mãos de ferro" o tráfico de drogas no bairro Vila Sumaré. Outros três homens são apontados como os executores do crime. Um deles está preso, e os outros dois ainda estão foragidos.

A prisão de "Marcelão", de 44 anos, como o homem era conhecido, foi realizada no dia 17 de dezembro, durante a operação "Animus Necandi" - termo em latim que faz referência ao intuito de matar; que prendeu no Estado 24 líderes do tráfico e responsáveis pela prática de assassinatos. No entanto, a Polícia Civil apresentou somente nesta terça-feira (28), o resultado da investigação.

Segundo a polícia, "Marcelão" mandou executar o ex- agente por acreditar que ele teria o delatado para a polícia. Já que "Marcelão", em março deste ano, teria mandado executar o primo do ex-agente, um rapaz de 29 anos, e teria sido incriminado.

Ainda conforme a polícia, "Marcelão", também teria matado o primo do ex-agente por acreditar que ele seria um informante das forças policiais.

"Nenhum dos dois homens eram informantes da polícia. O Marcelão suspeitou disso porque o ex-agente e o primo dele moravam no mesmo terreno e tinham amizade com policiais civis e militares.Por coincidência, na região começou ter muita interferência da polícia, o que gerou a desconfiança do criminoso, e por isso, os homens foram mortos," detalhou o delegado Guilherme Catão.

Vítimas e líder de facção eram conhecidos de infância

Ainda de acordo com o delegado, "Marcelão" conhecia os homens desde a infância. Eles moravam na mesma localidade desde crianças, e por isso, ele teria se sentido traído, quando acreditou que os homens estariam entregando para a polícia o esquema de tráfico da região, que ele comanda.

Ainda segundo a polícia, como as vítimas moravam no mesmo endereço as mortes se deram no mesmo local, e de forma muito semelhantes.

" Os dois homens foram mortos na porta de casa. Os crimes ocorreram de forma muito semelhantes.As câmeras de vigilância da casa registraram as duas mortes e nos ajudaram a chegar nessa conclusão," explicou o delegado Catão.

Outros envolvidos

De acordo com a polícia, além de "Marcelão" outros três homens, de 24, 31 e 33 anos, estão envolvidos no crime. Eles teriam sido os executores da morte do ex-agente penitenciário. Dois deles, 24 e 31 anos, ainda estão foragidos, o outro, de 33 anos, está preso.

" Ainda estamos realizando buscas para prender os dois homens que ainda estão foragidos," pontuou o delegado.

Ainda conforme o delegado, além de ser conhecido na região por seu um homem cruel e que manda executar seus rivais, "Marcelão" também é lembrado na localidade por impulsionar o crime. Ele presenteia os executores de assassinatos que ele ordena.

" Ele é conhecido por dar presentes para aqueles que executam as mortes para ele, com bocas de fumo e gerência delas. O homem, de 33 anos, que foi preso, suspeito de ser um dos executores do ex-agente, após o crime, ganhou uma boca de fumo na região." contou Catão.

"Marcelão" foi preso em casa, que fica na própria Vila Sumaré, e não resistiu a prisão. Ele responderá pelos dois assassinatos e poderá cumprir mais de 20 anos de detenção.

Ainda de acordo com a polícia, "Marcelão", possui uma extensa ficha criminal. Ele possui envolvimento sistêmico no tráfico de drogas do Sumaré, porte ilegal de arma e envolvimento no sequestro de um filho de um prefeito de uma cidade do estado da Bahia.

Com O Tempo



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