Logo

'Dei um coro nele. Imagina o que vou fazer depois', diz mulher que ateou fogo no carro do ex-companheiro

"Eu peguei o Reinaldo, dei um coro nele, imagina o que eu vou fazer depois. Eu vou ferrar com a vida desse desgraçado, nem que seja a última coisa que eu faça na 'face' da Terra. Cadeia, um dia eu vou sair, mas quem vai para debaixo da terra pode ter certeza que não vai sair mais. Quem morreu nunca voltou para contar".

Carro ficou totalmente destruído — Foto: Redes socias / ReproduçãoCarro ficou totalmente destruído — Foto: Redes socias / Reprodução

As frases são de um suposto áudio de uma mulher ameaçando o ex-companheiro após o término do relacionamento. O comerciante Reinaldo José de Sousa, de 52 anos, afirma que, na semana passada, a suspeita incendiou o carro dele no bairro São Gabriel, na Região Nordeste de Belo Horizonte. Veja vídeo:

O caso já foi levado ao conhecimento da Polícia Civil. Reinaldo e a ex, de 28 anos, ficaram juntos por cerca de um ano e meio e têm uma filha de apenas 6 meses. Segundo ele, a relação terminou em dezembro do ano passado após o comportamento agressivo da mulher e ciúme excessivo.

"Tenho um bar, nos conhecemos há cerca de dez anos, ficamos amigos e depois nos relacionamos. Durante a relação, fui agredido algumas vezes, mas não dei queixa. Em dezembro não aguentei e fugi de casa com a roupa do corpo. Desde então, ela começou a me ameaçar e ameaçar também a minha família. Já registrei alguns boletins de ocorrência após o término", contou.

Segundo o homem, no dia 7 de março, ele foi levar a filha à creche e estacionou o carro na rua Ferreiros. Ao retornar para o veículo e se preparar para ir embora, a mulher entrou no banco traseiro do Voyage.

"Saí correndo e pedindo ajuda para outras pessoas. Percebi ela tirando um frasco da bolsa e o carro começou a pegar fogo. Tenho medo pela minha vida, pela vida da minha filha que está com ela. Tive que sair do bairro", afirmou.

As chamas do carro foram apagadas pelo Corpo de Bombeiros e um boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Militar. No entanto, a mulher não foi presa. Segundo Reinaldo, ela teve queimaduras, foi socorrida por outras pessoas e ficou internada por alguns dias.

Imagem de faca

A mulher também teria postado nas redes sociais dela a imagem de uma faca com a frase: "Nem precisa entrar tudo, a metade entrando pra mim já é resultado".

"Entrei com um pedido de guarda unilateral da criança, mas foi indeferido pela juíza. Fomos à Delegacia Especializada de Atendimento À Mulher em BH e o delegado informou que não cabia o pedido de medida protetiva contra ela uma vez que meu cliente é homem. Tinha solicitado a medida antes do carro ser incendiado porque sabia que poderia acontecer coisa pior. Estamos acompanhando os trabalhos da polícia", explicou o advogado Rangel Pereira Soares.

"Perdi a cabeça", diz suspeita

Em conversa por telefone com a reportagem, a mulher, que pediu para não ter o nome divulgado, afirmou que incendiou o veículo após não ter notícias da filha.

"Eu fiquei o fim de semana anterior inteiro perguntando onde ele estava com a minha filha e ele fazendo hora com a minha cara. Fiquei com medo de perder minha menina por tudo que eu já passei com ele. Perdi a cabeça ao fazer isso (incêndio no carro). Não queria ter chegado a esse ponto e me arrependo", afirmou.

Questionada em relação ao áudio com as ameaças e à faca postada, a mulher preferiu não comentar o assunto.

O que diz a Polícia Civil

Por meio de nota, a Polícia Civil informou que instaurou Inquérito Policial para apurar eventual prática de dano qualificado após o veículo ser incendiado. Veja o comunicado na íntegra:

"Sobre a ocorrência de incêndio registrada no último dia 7 de março, a Polícia Civil de Minas Gerais instaurou Inquérito Policial para apurar eventual prática de dano qualificado, e a investigação está em andamento na 4ª Delegacia de Polícia Civil Leste.

As medidas protetivas de urgência são ferramentas específicas previstas na Lei Maria da Penha, de garantia de direitos das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar em razão do gênero. Não há no ordenamento jurídico, legislação que estabeleça medidas protetivas de urgência em relação aos homens vítimas.

A PCMG orienta que os homens que forem vítimas, de qualquer natureza de delito e, independente de relacionamento afetivo, podem procurar a delegacia da Polícia Civil de Minas Gerais mais próxima de sua residência para registro dos fatos e representação criminal. A Polícia Civil informa que não divulga antecedentes criminais e nem confirma dados de supostos envolvidos em atos ilícitos, em razão da Lei de Abuso de Autoridade".

Com g1 



Publicidade

© Copyright 2008 - 2024 SeteLagoas.com.br - Powered by Golbe Networks