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Belo Horizonte vai voltar a fechar para conter avanço da Covid-19; apenas serviços essenciais poderão funcionar

Depois de bater três recordes consecutivos na taxa de ocupação de leitos de UTI, Belo Horizonte vai voltar a fechar as portas de seu comércio, numa tentativa de conter o avanço da Covid-19.

Foto: Pablo Nascimento - R7Foto: Pablo Nascimento - R7

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) anunciou, em suas redes sociais, que apenas os serviços essenciais poderão funcionar na cidade já a partir da próxima segunda-feira (11).

"Chegamos ao limite da Covid-19. Nós avisamos, nós tentamos avisar. Tentamos manter a cidade aberta há 10 dias, quando os números ainda eram perigosos, mas nós tínhamos, pelo menos, uma expectativa de responsabilidade (...) O comerciante tem que se preparar porque sexta-feira nós estamos soltando um decreto voltando a cidade à estaca zero", disse Kalil.

Indicadores em alerta

Cumprindo as previsões das autoridades de um janeiro "tenso e sombrio", Belo Horizonte nem completou ainda primeira semana do ano e já bateu três recordes consecutivos da taxa de ocupação de leitos de UTI, um dos principais indicadores usados para monitorar o avanço da Covid-19 na capital.

A Prefeitura de Belo Horizonte havia dito que iria analisar esses alertas e poderia fechar de novo a cidade. Na última quarta-feira (30), o prefeito Alexandre Kalil (PSD) havia dito que ocupação de leitos era preocupação e que 'não tem receio' em fechar a cidade de novo.

'Nós estamos em uma semana decisiva', diz Kalil sobre a alta do número de casos de Covid-19 em Belo Horizonte

A taxa agora atingiu 86,1% – o maior valor desde agosto, quando a prefeitura começou a fazer a medição considerando os hospitais públicos e particulares. Antes disso, a capital chegou a registrar 92% de ocupação desses leitos, em julho.

Esse indicador está em alerta vermelho, o mais preocupante. E os outros dois indicadores – internações nas enfermarias e taxa de transmissão do vírus – estão em alerta amarelo (veja abaixo).

O boletim epidemiológico da prefeitura também traz a informação de que 707 novos moradores da capital foram registrados com Covid-19 só nas últimas 24 horas. Nesta quarta (6), houve recorde nessas notificações em um dia no estado (leia mais sobre isso abaixo).

Ao todo, 65.848 pessoas já se infectaram na cidade, das quais 1.915 morreram. Foram 14 mortes desde a véspera.

O boletim também divulga a taxa de incidência de Covid-19 no município, que está em 163,4 por 100 mil habitantes. Para as aulas voltarem, a taxa tem que estar em 20 por 100 mil.

Recorde no estado

Até esta quarta-feira (6), Minas Gerais já teve 566.207 casos confirmados de coronavírus, dos quais 12.211 acabaram em morte. Nas últimas 24 horas, houve recorde de registros de pacientes infectados no estado: foram 7.515 a mais, sendo 128 óbitos.

Até então, o maior número de casos em 24 horas no estado tinha sido registrado em 31 de dezembro, de 6.865 casos.

Comparação dos registros de pacientes com Covid-19 em 24 horas em Minas

Dentre os pacientes infectados pela Covid-19, 44.358 seguem em acompanhamento, internados ou em isolamento domiciliar. E 509.638 mineiros são considerados "recuperados" da doença, ou seja, são pessoas que receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de dez dias e estão há 72 horas assintomáticos e sem intercorrências.

Ao todo, 517.722 mineiros já tiveram que ficar em isolamento domiciliar, à espera da recuperação de infecção por Covid-19, desde o início da pandemia. Outros 48.485 tiveram o quadro mais grave da doença e precisaram de internação hospitalar, na rede pública ou privada.

Minas Gerais já teve casos registrados de Covid-19 em todos os seus 853 municípios.

 Com G1

 

 



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