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Governo de Minas não comprará vacina russa contra COVID-19

O Governo de Minas anunciou que não irá mais adquirir as vacinas contra COVID-19 Sputnik V nesta quinta-feira (5). A decisão foi pela falta de acordo com a fabricante do medicamento.

Sputnik V seria aplicada em 1% da população mineira / Foto ilustrativa: Geovana Albuquerque / Agência SaúdeSputnik V seria aplicada em 1% da população mineira / Foto ilustrativa: Geovana Albuquerque / Agência Saúde

A informação foi dada pelo secretário estadual de Saúde Fábio Bacchereti, que confirmou que os produtores da Sputnik V tinham dificuldade em cumprir as condições previstas pelo executivo estadual. O governo pensou em obter as vacinas já em julho, plano que não vingou. A ideia era importar 428 mil doses — quantitativo suficiente para imunizar 1% da população mineira.

O acordo, porém, não foi bem quisto pelo Fundo Soberano Russo: “Eles oficializaram que não vão negociar poucas doses. O 1% não será negociado. Eles não têm perspectiva de entrega. Diante disso, as tratativas com o Fundo Soberano em relação à compra da Sputnik não vão evoluir mais”, disse Baccheretti.

No fim de julho, o médico já tinha adiantado que eventual demora na entrega dos imunizantes tornaria a operação desnecessária. A negociação foi autorizada no dia 2 do mês passado.

“A Sputnik não faz parte, mais, dos planos do governo de Minas”, sentenciou o secretário.

Segundo Fábio Baccheretti, a Sputnik V não foi considerada para a formatação do calendário de vacinação em MG. Por isso, o secretário garantiu que o cronograma não será alterado. A ideia de vacinar todos os adultos até setembro continua de pé; para este mês, o governo tem disparado mensagens de texto garantindo que imunizará, de forma decrescente, cidadãos entre 25 e 39 anos.

O secretário de Saúde relatou, ainda, dificuldade do governo federal na entrega de doses da AstraZeneca por causa de problemas na produção nacional do ingrediente farmacêutivo ativo (IFA). Apesar disso, Baccheretti contou ter recebido sinalização do Ministério da Saúde de que os problemas não vão afetar o calendário de repasses.

Baccheretti afirmou que há dificuldades na busca pela aquisição de vacinas por parte do governo mineiro. Os entraves para as compras regionalizadas já haviam sido relatados por outros entes federados, como a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH)

“Tentamos negociar com todos os laboratórios. Todos foram taxativos: não negociam a não ser com o governo federal. O Fundo Soberano Russo foi o único que se abriu, mas, infelizmente, não deu certo”, lamentou.

Nessa quarta (4), o estado recebeu 339.530 doses — exemplares de Pfizer e Coronavac. Mais de 12,6 milhões de injeções contra o coronavírus já foram aplicadas.

 Da redação com Estado de Minas



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