Uma confusão envolvendo dois advogados, nesta terça-feira (28), terminou com voz de prisão e um júri adiado no Fórum Lafayette, região Centro-Sul de Belo Horizonte. Anderson Marques Martins, que é um dos defensores do réu, alega ter sido agredido com um tapa e com palavras de baixo calão por José Arteiro, que faz parte da acusação.

O júri, de um homicídio que ocorreu em 2010, teve início por volta das 9h. No fim da manhã, o atrito começou. "O júri estava normal, com oitivas de testemunhas e, em certo momento, meu sócio falou que ia ao banheiro. Ao retornar, ele me disse que o advogado de acusação estava conversando com uma testemunha de acusação que ainda não tinha sido ouvida. Falei que era para meu sócio chamar a oficiala para ela atestar", explicou Martins.

Ainda segundo Martins, após a situação, ele relatou o caso ao juiz e afirmou que queria constar o fato em ata. Nesse momento, na versão dele, Arteiro teria chegado o ofendendo com palavras de baixo calão. "Ele disse que ia me matar, começou a me ofender de novo e me deu um tapa no braço. Nesse exato momento eu dei voz de prisão para ele em flagrante delito pelos crimes de lesão corporal, ameaça e crime contra a honra. O juiz confirmou o flagrante", detalhou o advogado.

De acordo com a assessoria do fórum, o júri foi adiado e marcado para o dia 01/12/2021, às 9h. O réu está em liberdade. O advogado José Arteiro ainda não se pronunciou.

Da redação com O Tempo