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Padre de Santa Luzia é denunciado por assédio sexual contra funcionárias

Nessa quinta-feira (28), uma mulher denunciou um conhecido padre por assédio sexual. Ele é dono do colégio onde ela trabalhou por dois anos, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A vítima contou à polícia que o religioso se aproximava dela com diferentes formas de assédio ou importunação sexual.

Foto: Reprodução/FacebookFoto: Reprodução/Facebook

“Ele tocou meu seio. Só que eu pensei que teria sido um esbarrão. Teve um episódio que ele me chamou na porta do colégio e beijou o canto da minha boca. E aí eu percebi que não era sem querer. Aconteceu de novo. Ele me chamou, na hora de se despedir, tentou beijar minha boca”, descreveu a mulher que não quis se identificar.

Em entrevista ao portal de notícias G1, a mãe da vítima contou que está arrasada. “A gente que é mãe nunca está preparada para ver os filhos da gente passar por situações humilhantes, ainda mais nas condições que a minha filha passou. Eu diria que, assim, de todas as decepções que eu passei na minha vida, nada se compara a essa”, desabafou.

Outras vítimas

A mulher que fez a denúncia à Polícia Civil contou que outras funcionárias também passaram por situações semelhantes. “A gente compartilhava experiências ruins. A gente sempre contava uma para a outra o que que acontecia. Aí foi assim que eu descobri que eu não estava sozinha”, alertou.

A polícia informou que a investigação é feita na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Santa Luzia. O caso tramita em segredo de Justiça para não prejudicar as apurações. Nessa sexta-feira (29), duas mulheres denunciaram o mesmo padre por assédio sexual.

“Por cerca de um ano acontecia esse tipo de abuso. Era beijo forçado, mão dentro da blusa, pra chegar a tocar nos seios, mãos nas pernas. Toda vez que ficava sozinha com ele acontecia. E era só quando eu ficava sozinha”, diz uma das denunciantes.

A outras vítima disse que foi batizada por ele e que estudou na escola. Como funcionária do centro educacional, ela trabalhou por quase cinco anos. Segundo a vítima, falas de mau gosto sempre existiram, mas os abusos físicos começaram há quase dois anos. “Tem o medo de ser só comigo e de ninguém acreditar. Assim, foi durante muito tempo, muito tempo sofrendo isso, sem ter coragem de contar pra alguém”, fala.

Medidas cabíveis

Segundo o advogado Tiago Lenoir, que representa uma das vítimas, às sextas-feiras o padre dava dinheiro para funcionárias, depois de cometer abusos ao longo da semana. Era uma tentativa de comprar o silêncio das mulheres. O pároco é muito conhecido em Santa Luzia. Há 30 anos ele é o responsável pela igreja que fica no bairro São Benedito. Além disso, ele é dono de uma rede de ensino com dois colégios e uma faculdade, na mesma cidade.

Em nota, a Polícia Civil informou que a investigação está ocorrendo sob sigilo e que outras informações serão prestadas em momento oportuno para não atrapalhar os trabalhos investigativos. Os advogados das vítimas disseram que vão procurar o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

A Arquidiocese de Belo Horizonte informou que confia no processo de apuração das denúncias, que busca a verdade em parceria com as autoridades e que, diante da seriedade da questão, é importante ter rapidez nas apurações para que tudo se esclareça.

Da Redação com G1 Minas



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