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Ômicron já é variante responsável por maioria dos novos casos de Covid-19 em Minas

Um levantamento feito pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) aponta que a ômicron já é a variante do coronavírus responsável pela maior parte dos novos casos de Covid-19 em Minas Gerais.

Foto: Instituto Galameya/divulgaçãoFoto: Instituto Galameya/divulgação

Desde o início da pandemia, umas das preocupações dos especialistas é com a capacidade que o coronavírus tem para se transformar – e é nessa mutação que surgem as variantes.

"Um desses vírus apresenta a vantagem de se disseminar mais facilmente pela população, esse parece ser o caso da delta. Outros conseguem escapar da resposta imunológica, dos nossos anticorpos que são gerados para uma vacina, por exemplo, essa é uma outra vantagem. A ômicron tem essas duas vantagens, mas é importante salientar: não escapa totalmente da vacina, a vacina ainda é eficaz, só diminui a eficácia da vacina com relação a isso", fala o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flávio da Fonseca.

As variações do vírus são identificadas em laboratórios a partir da análise dos materiais coletados de pessoas com Covid-19.

O ano de 2021 começou com a predominância da zeta. De fevereiro até agosto, a gamma passou a ser identificada na maioria das análises e foi a principal variante responsável pelo aumento no número de casos da doença – no pior período da pandemia no estado – até agora.

A partir de setembro, a predominância passou a ser da delta e, nas últimas semanas de dezembro, os casos da ômicron dispararam.

"A gente já percebe a predominância da ômicron em relação às demais variantes. Ainda não é momento para afrouxar as medidas. O momento, realmente, é de a gente se manter firme, utilizar máscara, fazer higiene das mãos e evitar aglomerações e, principalmente, para aquele que apresentar sintoma respiratório está procurando serviço de saúde para poder fazer a testagem dele e dos contatos para manter isolado e a gente interromper a cadeia de transmissão da doença", indica Eva Lídia Medeiros, coordenadora do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da SES.

Quase 100% das amostras

No último levantamento semanal feito pela SES, a ômicron foi identificada em quase 100% das amostras analisadas no estado. Os primeiros casos foram confirmados no dia 17 de dezembro e de lá para cá ela passou a ser a variante dominante. A secretaria confirmou a transmissão comunitária da variante.

"Quando a ômicron surgiu, os primeiros casos da variante eram casos que a gente chamava de importados – é alguém que viajou, por exemplo para a África, onde a ômicron surgiu, voltou ao Brasil e, quando chegou ao Brasil, apresentou a doença, apresentou a infecção. Então são casos importados. A transmissão comunitária é quando uma pessoa pega essa nova variante, pega a Covid causada pela ômicron sem ter viajado", diz Flávio da Fonseca.

Até agora, o estado confirmou 138 casos de ômicron: são 74 mulheres e 64 homens com idades que variam de 3 a 68 anos. Outros 12 casos suspeitos estão em análise.

A cidade com mais registros é Belo Horizonte: 76. Contagem tem sete; Nova Lima, seis; Betim, quatro; Lagoa Santa, dois; e Ribeirão das Neves e Sete Lagoas, um caso cada. Os outros casos são em cidades do interior do estado.

"A gente tem visto que a ômicron tem sido responsável por esse aumento de incidência, por aumento de casos. No entanto, há um aumento de casos leves. A gente não vê um agravamento de casos em relação a outras variantes. A vacinação também ajuda para que a gente tenha mais casos leves nesse momento. Por isso, a gente reforça a necessidade que a população está completando a cobertura vacinal com duas doses ou dose única, e fazendo reforço posteriormente aí quatro meses após a última dose", ressalta Eva.

Com Portal g1



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