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Minas pode ter primeira criança vacinada contra Covid neste sábado, diz secretário de Saúde

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, disse que o estado pode ter a primeira criança vacinada contra Covid-19 neste sábado (15). Nesta sexta-feira (14), às 8h15, chegará o primeiro lote de Pfizer infantil ao Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, com 110 mil doses.

Foto: Gil Leonardi/ Governo de MinasFoto: Gil Leonardi/ Governo de Minas

Em municípios próximos da Grande BH, a distribuição será iniciada ainda na sexta, e a expectativa é que, em 24 horas, as vacinas cheguem a todas regionais de saúde.

Baccheretti destacou que o calendário de vacinação será definido pelos municípios.

Até o momento o estado aplicou quase de 36 milhões de doses de vacina, e, com as crianças de 5 a 11 anos, o número de primeiras doses deve ter aumento de 8%.

Para a volta às aulas não haverá cobrança da vacinação de meninos e meninas, mas Baccheretti disse que a "insistência" do estado será para a vacinação das crianças.

"A vacinação não é obrigatória, não é compulsória. (…) Então ela não vai ser impeditivo de algo tão essencial, como é a aula. Mas a nossa insistência vai ser sempre aos pais e responsáveis que a vacina é uma proteção individual e da família como um todo muito importante", destacou.

Uma das preocupações em relação à vacinação é com quem não tomou a dose de reforço. Conforme o secretário, a estimativa é de cerca de 3 milhões de pessoas.

Avanço da ômicron

Nesta quarta-feira (12), Minas registrou recorde diário de casos conhecidos de Covid-19, com 18.153 confirmações. Mas, de acordo com o secretário, esse número pode ser ultrapassado nos próximos dias. "Iremos ter mais que 18 mil casos, sem dúvida", disse.

Segundo Baccheretti, a expectativa é que em aproximadamente duas semanas Minas atinja um novo pico da doença.

"Vamos continuar subindo casos novos numa inclinação muito aguda", afirmou.
De acordo com o secretário, há risco de que serviços sejam impactados devido ao alto número de pessoas infectadas. E, por isso, avalia como acertada a decisão de redução do tempo recomendado para isolamento.

"Nós temos que entender que a ômicron vai disseminar tão rápido que os serviços essenciais vão ficar colapsados por tantas pessoas doentes, serviços de saúde, transporte público. Todos esses serviços essenciais vão ser impactados por número de pacientes infectados. Por isso essa medida é fundamental da essa redução do prazo de dez dias [do isolamento]. (...) Senão, a gente vai ter realmente um risco grande de serviços essenciais serem afetados", disse.

Internações

Apesar do aumento expressivo de casos, a taxa de ocupação de UTI no estado está abaixo de 20%. Já nas enfermarias, a taxa é de cerca de 92%, mas, de acordo com o secretário, menos de 7% são casos de Covid.

Ele destacou que a vacinação foi a grande responsável pela redução da gravidade desses casos.

"Apesar de termos vários casos novos, não estamos tendo internação de casos graves em nenhuma proporção. Deve haver um aumento, mas ainda não estamos sentido, porque deve ser um aumento muito menor que o número de casos, sem nenhuma comparação com o ano passado, quando não havia vacinas", falou.

Segundo ele, diferentemente de outros momentos da pandemia, as internações agora têm menor duração e, por isso, a liberação de leitos é mais rápida.

Por isso, neste momento, o estado não adotou novas medidas restritivas, mas isso não é destacado. "Quando a gente olha ocupação [de leitos], não pontuou suficiente para sair da onda verde. Mas vamos acompanhando diariamente os casos, a ocupação, a relação de Covid e, se for necessário alguma medida restritiva, iremos adotar", falou.

Para o controle de casos, Baccheretti também ressaltou a importância da testagem e do uso de máscara. Segundo ele, o estado está distribuindo mais de 1 milhão de testes e, em breve, receberá mais 1,5 milhão.

“A máscara é o caminho, além da vacina. Então nós iremos aí aumentar a testagem no estado. Vários municípios ouviram a recomendação nossa. Nossa recomendação é testar fora de ambiente hospitalar e UPAs para que o paciente sintomático não busque atendimento médico apenas pela testagem, não superlotando pronto atendimentos”, afirmou.

Público nos estádios

Com expectativa para o início do campeonato mineiro no fim do mês, o governo vai discutir a possibilidade mudanças relativas à presença de torcedores em estádios, que, atualmente, podem ter 100% de ocupação.

"O primeiro jogo é no dia 26 e vamos observando a pandemia. Vamos fazer uma reunião para decidir como iremos lidar com o público nos estádios. Realmente, grandes públicos não são recomendados no momento mesmo com vacinados porque a transmissão da ômicron, mesmo em vacinados, ocorre. E a gente tem que evitar essa transmissão", disse.

Com Portal g1



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