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Doença mão-pé-boca: saiba o que é o novo surto da doença atingindo crianças em Minas

A Prefeitura de Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, suspendeu as aulas das crianças de até cinco anos devido um surto da doença ‘mão-pé-boca’. A informação foi divulgada nesta terça-feira (19/4). As atividades foram interrompidas por três dias.

Doença mão-pé-boca é altamente contagiosa e geralmente acomete crianças com menos de 5 anos. Foto: Kipgodi/GI/Getty Images   Leia mais em: https://saude.abril.com.br/familia/doenca-mao-pe-boca/Doença mão-pé-boca é altamente contagiosa e geralmente acomete crianças com menos de 5 anos. Foto: Kipgodi/GI/Getty Images Leia mais em: https://saude.abril.com.br/familia/doenca-mao-pe-boca/

A síndrome é uma doença virótica altamente contagiosa. É mais frequente em crianças de menos de cinco anos de idade, embora possa afetar adultos. Tem esse nome justamente porque as lesões localizam-se nos pés, mãos e interior da garganta.

Em 2021, foram ao menos dez surtos por mês no estado e, em 2022, o número já subiu para ao menos 26 surtos por mês até março.

O que é?

A síndrome mão-pé-boca é causada pelo vírus Coxsackie, que ataca o aparelho digestivo. Ela é altamente contagiosa. Sua principal característica é a formação de pequenas bolhas na pele desses três locais do corpo – daí o nome da doença.

Pode acometer adultos, mas é mais frequente em crianças, principalmente nos menores de 5 anos. Os sintomas duram cerca de uma semana.

“A transmissão pode ocorrer dias antes do início da manifestação da doença até semanas após a infecção. O vírus transita por via respiratória ou pelas fezes da pessoa infectada”, explica Maíra Mastrocola de Campos Leite, pediatra e alergologista e imunologista pediátrica das clínicas Espaço Médico Descomplicado e Eludicar.

Vale lembrar que a falta de higiene das mãos pode contaminar superfícies, facilitando a transmissão também pelo contato com certos objetos.

Principais sintomas do mão-pé-boca

A febre e a dor de garganta vêm associadas a lesões vesiculares (pequenas bolhas) na boca, nas mãos e nos pés. Ainda podem ocorrer náuseas, vômito e diarreia.

“As lesões orais são como aftas e ficam bem doloridas, por isso as crianças têm dificuldade de comer e até de tomar líquidos”, relata a pediatra. É possível que as bolhas apareçam em outras partes do corpo, como cotovelos, tornozelos, glúteos e genitais – mas não é tão comum.

Há casos de descamação das mãos e dos pés, além de descolamento da unha, de três a oito semanas após a infecção aguda.

Além de pequenas bolhas nos pés, nas mãos e na boca, crianças podem ter febre e mal estar. Foto: GI/Getty Images

Diagnóstico

Devido às características das lesões e dos sintomas, um exame clínico do pediatra pode ser o suficiente para detectar a doença. Em caso de dúvidas ou se houver semelhanças com outros quadros, o médico pode solicitar exames de sangue.

Tratamento

Como a doença é autolimitada (tem começo, meio e fim), o tratamento tem apenas o intuito de aliviar os sintomas. São utilizados analgésicos e antitérmicos, por exemplo.

A internação se faz necessária quando a criança sofre desidratação por causa da dificuldade de ingerir líquidos. Contudo, essas situações são raras.

Prevenção

Como ainda não existe vacina contra o vírus Coxsackie, o jeito é evitar a transmissão. É preciso tomar todas as medidas de higiene, principalmente durante as trocas de fralda dos pequenos, e reforçar o hábito da lavagem das mãos entre as crianças maiores.

Nesse período, outras medidas de proteção importantes são caprichar na limpeza de objetos e dos ambientes da casa, fora evitar beijos e abraços.

A criança doente deve ficar em casa, afastada da escola, durante o período indicado pelo médico.

Com Itatiaia e Veja



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