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Casal que prometeu recompensa de R$ 10 mil reencontra cadela após 21 dias de sumiço

Foram 21 dias intensos de busca incansável, ativismo nas redes sociais e muita angústia. Quem descreve todas essas sensações é a tutora Renata Chiaradia, que reencontrou a cadelinha Lolla, sem raça definida, na última segunda-feira (18), em Belo Horizonte.

Lolla passou 21 dias longe de casa após fugir de hotel em BH — Foto: Renata Chiaradia/Arquivo PessoalLolla passou 21 dias longe de casa após fugir de hotel em BH — Foto: Renata Chiaradia/Arquivo Pessoal

A cachorrinha foi localizada em uma área de vegetação no bairro Fernão Dias, na Região Nordeste da capital. Segundo a tutora, ela estava com muito medo e tinha algumas lesões leves na pele – Renata acredita que sejam resultado de confronto com outros animais ou que tenham sido provocadas por galhos.

Lolla também apresentava quadro leve de desidratação. Ela perdeu peso no período em que ficou longe de casa.

A fuga

Renata e o companheiro Caio Amorim saíram da capital para celebrar o aniversário dela em Ouro Preto, na Região Central de Minas Gerais, no dia 27 de março. Por isso, deixaram Lolla e a "irmã" Ahri em um hotel para cachorros.

A viagem durou dois dias. No dia 29 de março, o casal já estava de volta a Belo Horizonte, mas estendeu a comemoração com os amigos por mais uma noite e optou por deixar Lolla e Ahri mais tempo no hotel. Tudo seguia como planejado, até que Renata recebeu uma ligação.

Era uma funcionária do hotel, que contou à tutora que Lolla tinha fugido. Uma vizinha do estabelecimento teria visto a cachorrinha pular o muro para o imóvel ao lado e, em seguida, pular novamente até alcançar a rua.

“Ela é assim mesmo. Normalmente, ela pula a janela aqui do apartamento. A gente não culpa o hotel, a gente conhece”, contou Renata.

O desespero tomou conta do casal, que interrompeu todas as festividades e saiu em busca da fujona.

Eles percorreram pela região do hotel e não a encontraram. Prepararam cartazes e divulgações nas redes sociais. Contrataram um carro de som e prometeram uma recompensa para quem localizasse Lolla: R$ 10 mil.

A busca

Renata diz que o valor alto despertou o interesse de muitas pessoas. Ela recebeu milhares de fotos e vídeos e mensagens de diversas pessoas, em Belo Horizonte, que afirmaram ter visto a cachorrinha. A maioria dos alertas não se confirmou.

Até que, no último domingo (17), uma pessoa que trabalhou com Caio entrou em contato com ele. Ficou sabendo de toda a mobilização para o resgate da Lolla e afirmou que, enquanto seguia de carro com outras quatro pessoas pelo bairro Fernão Dias, viu a cachorrinha.

Já era noite quando o casal recebeu a última pista do paradeiro de Lolla. Os dois seguiram para a região, mas ela não foi localizada.

Momentos mais tarde, o grupo avistou o animal novamente, perdido em uma região de mata. Eles tentavam se aproximar, mas a cadela se afastava.

Com medo de uma nova fuga, entraram em contato novamente com Caio, que seguiu até o local. A escuridão dificultou o reconhecimento. Ele foi devagar, chamando pelo nome da "filha".

Lolla ficou imóvel. Quando Caio finalmente se convenceu de que era mesmo a cachorrinha da família, conseguiu recuperá-la.

“Só Deus mesmo. Uma cidade do tamanho de BH, é difícil rastrear. Foi um alívio, emocionante. Eu fiquei muito grata”, desabafou Renata, que acompanhou a busca por uma chamada telefônica.

O resgate

Lolla percorreu 7,5 km de distância do hotel de onde fugiu. Porém, ela se aproximou de casa. Segundo Renata, o local onde a cachorrinha foi encontrada fica a 4 km da residência. Embora passeassem com certa frequência com o animal, a região era desconhecida para ele.

De acordo com a tutora, a recompensa prometida ainda vai ser entregue às cinco pessoas envolvidas no resgate de Lolla. Cada uma vai receber R$ 2 mil. E o dinheiro vai ser bem empregado.

“A mãe de uma dessas pessoas está doente, o dinheiro vai ajudar no tratamento. Outra descobriu um nódulo na mama no dia em que a Lolla foi localizada. Uma terceira pessoa vai usar o dinheiro para dar entrada em uma moto, que será utilizada para o trabalho como entregador. Tem gente que vai aliviar as contas na farmácia, porque tem parente com Alzheimer. A gente conseguiu ajudar pessoas que estavam realmente precisando”, disse.

A quantia vai sair de um fundo de emergência criado pelo casal. O dinheiro está em uma aplicação e, assim que for resgatado, será entregue aos responsáveis pelo reencontro da família.

 Com g1



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