“Estamos fazendo a campanha para mostrar que não é interessante comprar animal silvestre em viagens e mantê-lo em casa sem autorização. Isso é crime ambiental”, diz o chefe de fiscalização do Ibama do Distrito Federal, Hugo Brito.
Brito informou que não é apenas a compra do animal que configura crime ambiental. Adquirir parte dele, como carne de caça ou simplesmente uma pena que enfeita um brinco, também são exemplo do delito. “As penas que o pássaro soltam não são viçosas e bonitas para o artesanato. Essa pena ou foi arrancada de um exemplar vivo ou esse animal foi abatido para que essas penas fossem retiradas.”
Brito apontou outra preocupação conseqüente do comércio e tráfico ilegal de animais silvestres: as doenças que podem surgir a partir de microorganismos presentes no animal, sendo que muitas delas ainda não foram catalogadas. Como exemplo, citou o vírus da hantavirose, que há seis ainda não havia sido diagnosticado em áreas urbanas.
Durante os dias de divulgação da campanha Viagem é o Bicho. Mas sem Bicho, o agente do Ibama informou que o trabalho será apenas de educação, mas que, passado esse período, serão feitos monitoramentos com aplicação de multas. “Depois de passarmos o conhecimento para o pessoal, a gente tem a obrigação de fazer a autuação daqueles que insistem em comprar e manter o animal em casa.”
Quem for pego com animais silvestres pode receber multa no valor de R$ 500 por item apreendido. No caso de animais silvestres que constam na lista de extinção, a multa sobe para R$ 5 mil.