A energia produzida será de 41.000 MWh por ano, equivalente a 50% do consumo residencial da cidade de Sete Lagoas. Esse projeto permitirá ainda a redução de cerca de 7.000 toneladas equivalentes de CO2 por ano, o que possibilitará a comercialização de crédito de carbono. Com a implantação da termelétrica, a Plantar se tornará auto-suficiente em energia elétrica, gerando ainda um excedente comercializável de 1.500 a 2.000 kW. Para o sistema elétrico da Cemig, será evitado um total de 2.600 kW no horário de ponta e haverá uma economia no consumo de energia de 22.000 MWh por ano, que poderão ser comercializados para outros clientes na mesma região.
Participaram da assinatura do contrato, realizada no salão nobre do edifício-sede da Cemig, os presidentes da Cemig, Djalma Bastos de Morais, e da Plantar, Lúcio Flávio de Moura, e diretores das duas empresas. A Plantar Siderúrgica S.A. atua nos mercados brasileiro e internacional desde 1985, produzindo ferro gusa de qualidade. “No que se refere à atividade industrial, as plantações de eucalipto do grupo visam garantir sustentabilidade à siderúrgica, para a produção de ferro gusa, utilizando energia renovável (carvão vegetal) e atendendo a princípios do Protocolo de Quioto”, conta o diretor da empresa, Lúcio Flávio. A Plantar foi a primeira siderúrgica produtora de ferro gusa não integrada no Brasil a ter seu sistema de gestão certificado de acordo com as normas da ISO 14000.
Esse é o quarto contrato assinado pela Efficientia com empresas do setor de siderurgia e ferro gusa para a implantação de um sistema de cogeração, totalizando cerca de 20 MW.
“Cogeração é a produção simultânea de potência mecânica ou elétrica e calor útil a partir de uma única fonte de calor e que busca, com esse procedimento de conversão energética, melhorar a qualidade da energia produzida por um combustível, reduzindo as perdas que ocorrem em sua utilização”, explica Túlio Marcus Machado. O contrato prevê o detalhamento e a instalação completa de uma pequena termelétrica, bem como a otimização do uso atual do gás na planta industrial. “Atualmente, o gás produzido na unidade de Sete Lagoas é aproveitado parcialmente no aquecimento do ar injetado nos dois altos-fornos da siderúrgica, sendo que a parcela não utilizada é queimada e colocada na atmosfera, sem uso”, finaliza Lúcio Flávio.