O nível dos reservatórios das principais hidrelétricas do país, que ficam nas regiões Sudeste e Centro-Oeste chegou ao índice mais baixo dos últimos 11 anos em agosto. Caso a situação continue assim o governo deverá despachar as termelétricas, que produzem uma energia mais cara. As mudanças poderão impactar no bolso dos consumidores que pagarão mais caro pela energia.
Desta forma a Medida Provisória 579, editada em 11 de setembro de 2012 e transformada em lei em janeiro deste ano, que reduziu o custo da energia no país, poderá ser esquecida.
Furnas, que alimenta 11 reservatórios importantes para o país até chegar a Itaipu, na fronteira do Brasil com o Paraguai, teve em agosto capacidade de armazenamento reduzida, chegando a 67,64%, a menor desde agosto de 2002, quando estacionou em 68,73%.
Em Três Marias, no Rio São Francisco, o volume útil do reservatório era de 36,52% em agosto, próximo ao patamar de 34,62% no mesmo mês de 2003. Além do aumento direto na conta de luz que a falta d’água nos reservatórios pode ocasionar, os consumidores, que também são contribuintes, deverão arcar com a elevação dos gastos do governo com a MP 579.
Porém, o consumo de energia no Brasil continua em alta. Em agosto cresceu 2,8% na comparação com julho, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A alta das regiões Sudeste e Centro Oeste foi de 3,5% em agosto contra julho.
Com informações de Estado de Minas