Na última quarta-feira, 4, em frente ao prédio do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, reuniram aproximadamente 50 manifestantes solicitando agilidade na aprovação de três novos medicamentos usados no tratamento de hepatite C: sofosbuvir, simeprevir e declatastir.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Anvisa, ainda está analisando os remédios, que devem chegar ao Brasil por um preço inferior ao cobrado nos Estados Unidos e podem reduzir em até 60% por paciente o custo do tratamento da doença, informou o presidente do Grupo Otimismo de Apoio ao Portador de Hepatite, Carlos Varaldo.
“Com essa diminuição no custo para cada pessoa cadastrada no SUS, vai ser possível que mais pessoas sejam tratadas pela rede pública com a mesma verba destinada hoje para esse fim. E isso sem falar dos benefícios no uso desses medicamentos, que têm efeitos colaterais muito menos agressivos e uma resposta mais concreta para a cura da hepatite C, chegando a 95% dos casos tratados”, afirmou Varaldo,
Para que a aprovação seja definida para o uso no Sistema Único de Saúde, SUS, dependerá da avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias, Conitec, e da finalização do processo de registro pela Anvisa. A demora nesse processo é devido a complexidade da legislação brasileira. “Ainda assim, solicitamos à Anvisa que dê prioridade ao registro desses medicamentos, porque se trata de um interesse estratégico para o SUS e para seus pacientes.” Disse o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.
Segundo o grupo de apoio ao doente de hepatite, os remédios que são usados hoje causam problemas colaterais graves à saúde do paciente, que consequentemente muitas vezes é obrigado a suspender o tratamento por causa dos riscos do medicamento.
Até o fechamento da reportagem, informações sobre as consequências dos remédios não foram respondidas pela Anvisa.
Com Agência Brasil