
“Não há nenhuma contradição. É normal que todos os países tenham certa prevenção, sobretudo se levar em conta a queda nas exportações, o crescimento do desemprego que acontece em quase todos os países do mundo”, disse Lula ao final do encontro.
Para Cristina Kirchner, a Argentina não tomou medidas protecionistas. Mas apenas respondeu a um pedido da sociedade para proteger os empregos dentro do país. “A crise obriga a dar repostas concretas aos trabalhadores”, afirmou a presidente referindo-se a medidas que adotou para dificultar a entrada de mercadorias asiáticas e proteger a produção local.
As medidas do governo argentino também afetaram os produtos brasileiros e geraram uma disputa entre empresários dos dois países. O presidente Lula comentou ainda que, no Brasil, sofre pressão de empresários para também adotar medidas protecionistas. “Nós continuaremos a fazer todo esforço para manter o comércio mais livre possível”, completou.
Em uma crítica indireta ao Brasil, a presidente argentina disse que a adoção de medidas de caráter fiscal e monetário também são ações protecionistas.
Os presidentes almoçaram no Palácio San Martin e daqui a pouco Lula embarca de volta ao Brasil.