Os detidos, que praticavam a fraude desde 2002, são acusados de formação de quadrilha e estelionato. Há indícios também de lavagem de dinheiro. As informações são do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP).
Pelo menos 4,5 mil brasileiros foram vítimas do esquema de fraude. O grupo prometia colocação profissional no mercado de trabalho americano em troca do pagamento de até US$ 15 mil. De acordo com o Ministério Público, o grupo pode ter arrecadado R$ 90 milhões em sete anos.
A fraude também ocorreu em países como a Rússia, a República Dominicana, as Filipinas, a Romênia e os Emirados Árabes mas, nesses países, não foi alvo desta investigação.
A apuração começou em 2003, quando o setor responsável pelo combate à fraude no Consulado dos Estados Unidos em São Paulo detectou prováveis irregularidades na concessão de vistos. Em 2008, o consulado acionou o Ministério Público de São Paulo, que passou a coordenar a investigação. O trabalho contou com a parceria da Secretaria de Segurança Pública, do Poder Judiciário, da Receita Federal e da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.
Nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, do Paraná e de Santa Catarina, os ministérios públicos e as polícias estaduais também ajudaram nas investigações e participaram da operação.
Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil