Os caminhoneiros que transportam combustíveis vão decidir na próxima semana se vão cruzar os braços. A decisão vai depender de uma reunião marcada para semana que vem, em Brasília, com representantes do Ministério da Infraestrutura e das distribuidoras. “Nós iniciamos uma negociação e aguardamos uma definição para ver se vamos suspender o estado de greve ou parar. Se pararmos, pode ter desabastecimento nos postos e nos aeroportos”, afirma o presidente do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo (Sindtanque-MG), Irani Gomes.
Desde o dia 18, eles estão em estado de greve. Ontem, foram ouvidos por representantes do governo, que intermediaram as negociações com as distribuidoras. O movimento é em protesto contra a nova tabela de piso mínimo do frete, divulgada recentemente pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Segundo a categoria, além de não remunerar corretamente os transportadores, não cobre sequer os custos mínimos do transporte.
A manifestação deve se estender a outras categorias dos caminhoneiros. Os autônomos planejam parar por três dias, a partir do dia 2 de setembro, em protesto contra a tabela de frete. A política de preços, implantada pelo governo Temer em resposta à greve dos caminhoneiros de 2018, terá a constitucionalidade julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 4 de setembro.
A Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil (ATR Brasil), a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) entraram na Justiça contra a tabela. Segundo elas, o piso mínimo do frete desrespeita os princípios da livre iniciativa e da livre concorrência.
Com O Tempo