O sargento do corpo de Bombeiros Guilherme Marques Filho sacou uma arma e agrediu um homem negro na cidade de Taguatinga, no Distrito Federal. A ação aconteceu neste sábado (19) em uma loja próxima a uma estação de metrô e as cenas foram registradas em vídeo. O policial estava com uma blusa em homenagem ao presidente Jair Bolsonaro.
Em depoimento à polícia divulgado pela imprensa, Jair afirmou que a confusão aconteceu após ele notar que o bombeiro estaria assediando uma mulher na fila para comprar bilhetes do metrô. Segundo ele, a mulher estava parada na sua frente falando ao telefone.
“Logo em seguida esse homem apareceu e passou a mão pelas costas da moça. Ela não teve reação, ficou em choque. O homem apenas riu”, contou. Jair então abordou o homem, que teria sacado uma pistola e atacado o programador.
Ao sair da estação, Jair Aksin afirmou que Marques estava escondido o esperando. Daí, ele alega ter corrido para a loja, na qual as câmeras de segurança registraram o resto do ocorrido.
Arma em punho
Assim que foi confrontado, Guilherme se aproximou dele e fez menção de sacar a arma, momento em que foi abordado pelos seguranças do metrô e se identificou como bombeiro militar. “Me afastei e deixei que os seguranças resolvessem, comecei a ir embora e ele me seguiu”.
A equipe de segurança do metrô alertou Jair e pediu que ele aguardasse antes de ir para casa. Depois de 15 minutos, o programador saiu da estação e foi abordado por Guilherme, que o esperava escondido e passou a persegui-lo. “Ele estava com a arma em punho na minha direção. Virei as costas pois achei que ele não teria coragem de atirar em mim assim”.
Jair correu e entrou em uma loja achando que o agressor não o seguiria e que poderia chamar a polícia. Mas, ao ver que Guilherme, não parou. Decidiu se posicionar em frente às câmeras, para que, na pior das hipóteses, sua família pudesse buscar justiça.
Depois da agressão, Guilherme foi embora “como se nada tivesse acontecido”. Jair fez boletim de ocorrência, pegou as imagens de segurança das câmeras das lojas e busca justiça. O jovem faz ainda um apelo para que a moça assediada entre em contato ou faça também um boletim de ocorrência contra a agressão sexual sofrida. “Não consegui falar com ela, mas a denúncia dela é mais uma forma de fazermos justiça”, completa.
A reportagem tentou entrar em contato com Guilherme, mas não obteve retorno.
Veja o vídeo da agressão:
Da Redação com OT