O preço médio do litro da gasolina recuou 0,11% nos postos do país nesta semana, segundo levantamento divulgado nesta sexta-feira (1) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O litro do combustível foi de R$ 7,210 para R$ 7,202.
O preço máximo da gasolina foi de R$ 8,499 em Frutal, Minas Gerais.
O preço do diesel, por outro lado, passou de R$ 6,564 a R$ 6,593 nesta semana, de acordo com a pesquisa semanal da ANP. A alta foi de 0,44%.
O valor máximo do diesel foi de R$ 7,979 em Brasília (DF).
O preço médio do litro do etanol também subiu devido à alta demanda do consumidor: foi de R$ 4,952 para R$ 4,990 essa semana, um aumento de 0,76%.
O valor do gás de cozinha de 13 kg, por sua vez, se manteve estável: passou de R$ 113,24 para R$ 113,63.
Mudanças na política de preços
O mercado segue de olho em medidas do governo para conter a alta dos preços dos combustíveis para os consumidores. Sem consenso para a análise, o Senado adiou na quarta-feira (9), pela terceira vez, a votação de dois projetos com o objetivo de conter a alta de preços dos combustíveis
Desde 2016, a Petrobras passou a adotar para suas refinarias uma política de preços que se orienta pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e pelo câmbio.
O presidente Jair Bolsonaro, mirando a campanha à reeleição, tem indicado, porém, que não deve deixar a estatal brasileira repassar integralmente a alta do petróleo no mercado internacional aos preços do mercado interno. Na segunda-feira (7), ele disse que a paridade da empresa com os preços internacionais “não pode continuar”.
O petróleo Brent, principal referência internacional, já acumula alta de mais de 40% no ano, e chegou a alcançar US$ 139 na segunda-feira (7).
De acordo com o sócio-diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, mesmo com o novo reajuste, a defasagem ante a paridade de importação ainda é em torno de 20% (estava em -31,6% em 07/03) no preço da gasolina nas refinarias da Petrobras no Brasil e de 19% (estava em -34,1% em 07/03) no diesel.
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) classificou o reajuste desta quinta-feira como “inadmissível” e “mais uma demonstração da falta de respeito do governo Bolsonaro e da gestão da Petrobras”, uma vez que foi anunciado enquanto estava em votação no Senado Federal projeto de lei para a estabilização dos preços dos combustíveis.
“Desde a adoção do Preço de Paridade de Importação (PPI), em outubro de 2016, a gasolina e o óleo diesel, na refinaria, tiveram reajuste de 157%, ante uma inflação de 31,5% no período. No gás de cozinha, a alta acumulada foi ainda maior, de 349,3%”, afirmou, em nota, a FUP.
Com g1