Os policiais militares ameaçam uma paralisação nacional em reação às exonerações e prisões de servidores da segurança pública por conta do terrorismo bolsonarista do último 8 de janeiro, quando a Praça dos Três Poderes, em Brasília, foi destruída.
Circula em grupos de Telegram e WhatsApp uma convocação para o ato, que se iniciaria neste domingo (22). Na imagem que circula, diversos elementos ligados ao bolsonarismo estão presentes.
A Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militar de Minas Gerais (Aspra/MG) negou que haja qualquer articulação na entidade para apoiar uma eventual paralisação. “Pode ter certeza absoluta que, aqui em Minas Gerais, não há qualquer cenário para fazer uma mobilização neste sentido. Acredito que seja algum fake que a turma está soltando”, afirma o sargento Marco Antônio Bahia Silva, vice-presidente da Aspra, em entrevista ao jornal O Tempo
O ato de insubordinação seria “em resposta à prisão arbitrária do coronel Fábio (Augusto Vieira), ex-comandante-geral da PMDF e de outros bravos militares, desta mesma instituição, que apesar de feridos, tentando conter vândalos, foram arbitrariamente presos”.
Vale lembrar que a legislação brasileira não permite manifestação pública de militares da ativa sem autorização prévia quando o assunto é de natureza político-partidária. A vedação está prevista no decreto 4.346 de 2022.
O coronel Fábio Augusto Vieira foi preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O STF entendeu que o militar era o responsável pelo comando da corporação no domingo (8), quando bolsonaristas radicais destruíram os interiores dos prédios do Congresso, Palácio do Planalto e do Supremo.
Com O Tempo