O mecânico Antônio Cláudio Ferreira, que destruiu o relógio histórico do século XVII durante os ataques bolsonaristas aos Três Poderes, diversas passagens na Polícia por ameaça e por posse de drogas.
De acordo com a CNN Brasil, o homem, que é morador de Catalão, em Goiás tem em sua maioria das fichagens por ameaça, inclusive a uma ex-companheira, além de ter sido detido com drogas. Antônio teria temperamento explosivo. O preso em Uberlândia, em Minas Gerais, cidade a 110km de onde ele morava. Em depoimento à Polícia Federal, ele se manteve em silêncio.
Após ser flagrado pelas câmeras de segurança do Palácio do Planalto destruindo o objetivo histórico, que remete ao século 17, a Polícia Federal utilizou tecnologia facial para descobrir a sua identidade.
Com a identificação, os agentes se dirigiram a Catalão, na tentativa de descobrir seu paradeiro. O automóvel do suspeito foi também flagrado pelas câmeras da Polícia Rodoviária Federal.
Na cidade goiana, uma testemunha informou às forças policiais que o suspeito havia se escondido na zona rural do município. Após busca na região, um fazendeiro informou que, a pedido de Ferreira, tinha indicado a ele a residência de um parente em Uberlândia, onde o suspeito foi encontrado.
Ferreira se manteve em silêncio em depoimento à Polícia Federal, que cumpriu nesta terça-feira (24) mandado de busca e apreensão contra ele. Uma das linhas de investigação é se ele foi financiado para participar do vandalismo do dia 08 de janeiro.
Relógio muito avariado
O objeto histórico foi um presente da corte francesa ao então imperador do Brasil e Portugal. O vândalo retirou os ponteiros do relógio e uma estátua de Netuno, que era fixada no objeto.
Em uma tentativa de recuperação da obra de arte, a embaixada da Suíça no Brasil tem negociado com a Presidência da República a possibilidade de uma relojoaria do país europeu, especializada em objetos históricos, fazer o trabalho de restauro.
Na Presidência, no entanto, há dúvidas se, devido ao estrago, será possível recuperar o relógio. Pela antiguidade, ele já não funcionava regularmente.
Da redação com CNN Brasil