O corpo de Laura Winham, 38, foi encontrado pela polícia e parentes em seu apartamento após ela passar três anos e meio morta no local, em Surrey, no sudeste da Inglaterra, em maio de 2021.
Segundo o The Guardian, o corpo da britânica foi encontrado em “estado mumificado, quase esquelético”. Após a análise de registros dentários, os advogados da família informaram que ficou evidente que ela faleceu em novembro de 2017.
Em depoimento à polícia, a família alega que a vítima foi “abandonada e deixada para morrer” pelo NHS, a rede de saúde pública do Reino Unido e pelos serviços de assistência social.
Os familiares afirmam ainda que os profissionais perderam diversas chances de salvá-la ao negligenciar seu bem-estar antes de sua morte e por não realizar visitas de rotina que poderiam ter levado à descoberta de seu corpo.
À BBC, os parentes de Laura explicaram que não conseguiram contato com a vítima devido às leis de privacidade britânicas. Já que a mulher, que sofria de esquizofrenia, se recusou a manter contato com eles por acreditar que eles estavam tentando prejudicá-la.
“É de partir o coração pensar em como ela viveu em seus últimos anos, incapaz de pedir ajuda, sem ninguém por perto, é simplesmente trágico,” disso Nicky Winham, irmã de Laura, ao The Guardian.
“Sempre esperamos que ela melhorasse com ajuda profissional e que um dia nosso contato fosse retomado. Nunca acreditamos por um segundo que acabaríamos encontrando-a morta no chão depois de tanto tempo deitada sem que ninguém soubesse”, completou. O caso está sendo investigado pela Justiça britânica.
Caso é semelhante ocorreu em Londres
Sheila Seleoane, de 58 anos, vivia no local sozinha e faleceu em agosto de 2019, mas somente em fevereiro de 2022 o corpo dela foi localizado.
Sheila não tinha amigos nem familiares que procuraram pelo paradeiro dela durante os dois anos e meio em que permaneceu desaparecida.
Com O Tempo