O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou que o salário mínimo, atualmente estabelecido em R$1.302, pode sofrer um aumento ainda neste ano. O último reajuste do piso nacional entrou em vigor no dia 1 de janeiro. “Estamos discutindo a possibilidade de encontrar espaço fiscal para alterar o valor do salário mínimo ainda este ano. Se houver espaço fiscal, anunciaremos uma mudança para 1º de maio”, afirmou o ministro em uma entrevista ao programa “Brasil em Pauta”, que foi transmitido neste domingo (12) na TV Brasil.
Além do reajuste, a retomada da Política de Valorização do Salário Mínimo também é uma das prioridades do ministério. Segundo o ministro, a política teve bons resultados durante os governos anteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando Marinho exerceu o cargo de ministro do Trabalho entre 2005 e 2007
“Nós conseguimos mostrar que era possível controlar a inflação, gerar empregos e crescer a renda, crescer a massa salarial dos trabalhadores do Brasil inteiro, impulsionado pela Política de Valorização do Salário Mínimo, que consistia em, além da inflação, garantir o crescimento real da economia para dar sustentabilidade, para dar previsibilidade, para dar credibilidade acima de tudo para todos os agentes. É importante que os agentes econômicos, o empresariado, os prefeitos, os governadores, saibam qual é a previsibilidade da base salarial do Brasil, e o salário mínimo é a grande base salarial do Brasil”, explicou.
Atualmente, o salário mínimo está estabelecido em R$1.302. No início deste ano, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), declarou que o aumento chegaria a R$1.320. No entanto, centrais sindicais e aliados do governo estão cobrando um aumento ainda maior, para R$1.342. O valor final dependerá dos cortes de gastos do governo. A Comissão Permanente de Valorização do Salário Mínimo, composta pelos ministérios do Trabalho e Emprego, Fazenda, Planejamento e Orçamento, Previdência Social, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Secretaria Geral e Casa Civil, está cuidando da demanda.
Da redação, Djhessica Monteiro.
Fonte: Agência Brasil.