Um prédio no bairro do Janga, em Paulista, no Grande Recife, desabou nesta manhã, deixando pessoas soterradas sob os escombros. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, há pelo menos 19 vítimas, sendo duas mortas e duas resgatadas com vida até o momento. O edifício, que havia sido interditado em 2010, foi ocupado novamente em 2012. As buscas continuam no local, com dezenas de bombeiros e voluntários envolvidos na operação de resgate.
O prédio tinha sido condenado em 2010, mas voltou a ser ocupado em 2012. O desabamento ocorreu na Rua Dr. Luiz Inácio de Andrade Lima, no Complexo Beira-Mar, e um dos blocos desabou totalmente, enquanto o outro desmoronou parcialmente. A identidade das vítimas não foi divulgada.
Pelo menos 19 pessoas foram afetadas, com duas mortes confirmadas, duas pessoas resgatadas com vida e 15 pessoas ainda desaparecidas sob os escombros, incluindo crianças, segundo o Corpo de Bombeiros.
Equipes de resgate descobriram os corpos sem vida de um homem de 45 anos e um adolescente de 12 anos em meio aos escombros. As duas sobreviventes, uma menina de 15 anos e uma mulher de 65 anos, sofreram fraturas e foram prontamente socorridas.
A jovem de 15 anos foi transportada para o Hospital da Restauração, no Recife, onde passou por exames médicos e encontra-se em estado estável.
A outra sobrevivente, foi encaminhada ao Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Com múltiplas lesões, ela passou por exames, permanece estável e aguarda transferência para outro posto de saúde.
Outras quatro pessoas sofreram ferimentos leves e também foram internadas no Hospital Miguel Arraes. O hospital informou que eles devem receber alta até o final do dia.
Segundo o coronel Robson Roberto, algumas das vítimas soterradas conseguiram se comunicar com a equipe de resgate durante as buscas.
“É um trabalho que a gente conta com o auxílio dos cães, que já indicaram onde a gente tem essas possíveis vítimas. As vítimas que estão responsivas foi mais fácil, porque com nosso estímulo, elas nos responderam. Estamos mantendo essas frentes de trabalho, mas é um trabalho que tem que ser feito com calma, com cautela, porque são pessoas que estão sob escombros e a gente obviamente está com a intenção de tirá-las com vida local“, disse ele.
Este tipo de edifício, vulgarmente chamado por “edifício caixão”, é constituído por térreo o e três andares, com quatro apartamentos em cada piso. A prefeitura de Paulista confirmou que o prédio estava condenado judicialmente desde 2010. No entanto, foi reocupado em 2012.
Uma pesquisa realizada em 2018 reafirmou a condenação, mas os moradores continuaram ocupando o local. Ainda não está claro se os ocupantes faziam parte de um programa habitacional ou receberam algum tipo de apoio para desocupar o local de alto risco.
Uma mulher anônima revelou que sua irmã, Maria da Conceição, morava no prédio com os filhos.
“Nós o ocupamos porque não tínhamos para onde ir. Minha irmã e seus filhos moravam lá. Ela tinha cinco filhos morando com ela. Não temos notícias dela”, disse ela.
As operações de busca e salvamento continuam no local, envolvendo 50 bombeiros e 40 voluntários. Unidades caninas também estão auxiliando na operação de localização de sobreviventes.
Da redação com G1