Na tarde desta terça-feira (22), o ex-jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis Moreira, desrespeitaram a convocação emitida pela Câmara dos Deputados para comparecer à sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras. A sessão visava investigar esquemas fraudulentos envolvendo criptomoedas. Ambos não compareceram à audiência, e uma nova convocação foi estabelecida para quinta-feira (24), às 10h. Caso a convocação seja novamente desconsiderada, a comissão ameaça tomar medidas coercitivas para assegurar a presença dos irmãos.
A ausência de Ronaldinho e Assis despertou críticas por parte do relator da CPI, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que expressou sua insatisfação com a falta de comprometimento dos convocados. “Eles estão se ausentando da CPI hoje de forma irregular. É bom que se fale sobre isso, para que nós não tenhamos mais problemas. O que a CPI menos quer é a condução coercitiva, mas, se necessário, como disse o presidente, nós faremos”, declarou o relator. Silva acrescentou que as perguntas para os irmãos estão prontas e aguarda ansiosamente a oportunidade de questioná-los na próxima sessão.
O deputado ressaltou que o tratamento na comissão deve ser igualitário, independentemente da fama ou condição financeira dos convocados. “Não é pela condição de ser jogador ou não, de ser rico ou de ser pobre, nessa comissão ouvimos outros investigados que não têm a fama que eles têm e compareceram. Até ouvimos depoente preso em penitenciária. O tratamento aqui precisa ser isonômico. E o senhor Ronaldinho tem muito a dizer a essa CPI”, enfatizou Silva.
Na sequência dos acontecimentos, a emissora CNN Brasil informou que os advogados de Ronaldinho Gaúcho afirmaram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que ainda não haviam sido notificados sobre a sessão da CPI. No entanto, na segunda-feira (21), o ministro Edson Fachin concedeu ao ex-jogador e a Assis o direito de permanecer em silêncio durante o depoimento perante a comissão.
O cenário permanece em constante desenvolvimento, enquanto a comissão se prepara para a próxima audiência. A perspectiva de condução coercitiva permanece como uma opção para garantir a cooperação dos convocados e obter informações cruciais para a investigação em curso.
Da redação
*Com informações de Itatiaia