A partir desta segunda-feira, 25 de setembro, a Usina Nuclear Angra 2 entrará em processo de desligamento do Sistema Interligado Nacional (SIN) para a realização de atividades essenciais de manutenção e reabastecimento de combustível. Esta ação terá como resultado a retirada diária de 1,350 gigawatts (GW) de energia do sistema nacional. O procedimento envolverá mais de 5 mil atividades, abrangendo inspeções detalhadas de equipamentos que não podem ser isolados durante a operação normal da usina, além da substituição de 52 elementos combustíveis, de um total de 193, no núcleo do reator. A previsão é que esse processo se estenda por 30 dias.
As principais tarefas planejadas incluem a revisão do gerador elétrico principal, inspeções detalhadas no vaso de pressão do reator e a substituição do combustível nuclear. Este complexo empreendimento envolverá aproximadamente 1.300 especialistas contratados especificamente para essas tarefas, além de 500 colaboradores da Eletronuclear e 200 especialistas estrangeiros.
Fabiano Portugal, superintendente de Angra 2, destacou: “Todas as atividades são realizadas com precisão e qualidade para manter a altíssima confiabilidade de Angra 2. Um empreendimento deste porte só é viabilizado com muito planejamento e dedicação de todas as áreas da Eletronuclear, evitando ainda acidentes de trabalho.”
Além disso, está programada a parada de Angra 1 a partir do dia 28 de outubro, com uma duração prevista de 50 dias. Neste período, ocorrerá a recarga de aproximadamente um terço do combustível nuclear, além da execução de 4.800 atividades, entre inspeções e manutenções periódicas, bem como instalações de modificações de projeto.
Adicionalmente, durante a parada de Angra 1, serão substituídas as barras de controle do reator, realizada a manutenção dos transformadores principais e auxiliares, revisadas as turbinas de vapor e executada uma inspeção volumétrica na tampa do vaso de pressão do reator.
Abelardo Vieira, superintendente de Angra 1, explicou: “As paradas ocorrem, aproximadamente, a cada 14 meses e são organizadas com pelo menos um ano de antecedência, levando em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do SIN.” Isso assegura que o país não fique vulnerável a uma eventual falta de abastecimento de energia, especialmente em momentos de aumento de temperatura que têm elevado o consumo de energia elétrica em todo o território nacional.
Da redação com Agência Estado