A popularização de um sofisticado golpe de roubo de dinheiro através do sistema de pagamento instantâneo Pix tem causado preocupação entre autoridades policiais e bancos em todo o Brasil. Este crime, que envolve o uso de aparelhos telefônicos secundários e até mesmo o envolvimento de funcionários terceirizados das empresas de telefonia, está se tornando cada vez mais comum.
Recentemente, a Polícia Civil de São Paulo, em colaboração com outras forças de segurança de diferentes estados, conseguiu prender cinco suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em invadir celulares para realizar desvios financeiros usando o Pix e outros recursos de transferência de dinheiro via aplicativos bancários. Uma sexta pessoa envolvida no crime ainda está foragida.
Como o golpe pelo Pix funciona?
O esquema de fraude do Pix segue um padrão específico. Inicialmente, os criminosos selecionam potenciais vítimas com base em dados de score de crédito vazados, visando garantir a rentabilidade das operações criminosas. Em seguida, eles enviam “programas espiões” para acessar os telefones das vítimas, seja através de links fraudulentos ou outros arquivos maliciosos.
Uma vez que os criminosos obtêm acesso aos dispositivos móveis das vítimas, eles podem acessar dados bancários e realizar transferências a partir do Pix para contas de terceiros. Para evitar suspeitas e tornar o processo mais discreto, os golpistas utilizam chips de telefonia criados com base nos dados obtidos nos celulares invadidos, fazendo com que as vítimas percam o sinal de telefone em seus aparelhos originais.
Detalhes da operação policial
A operação de investigação, denominada “Lost Line”, começou há aproximadamente um ano e meio, após um casal em Presidente Prudente cair vítima desse golpe. De acordo com a polícia, os suspeitos presos são os responsáveis por organizar e executar os golpes. Eles foram indiciados por estelionato eletrônico, invasão de dispositivo, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica e organização criminosa.
Medidas para se proteger do golpe sofisticado no Pix
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) recomenda algumas medidas para evitar ser vítima desse tipo de crime:
- Não clique em links suspeitos.
- Entre em contato com o banco através de canais oficiais se tiver dúvidas sobre a veracidade de um link.
- Nunca salve senhas pessoais ou números de cartões em aplicativos de celular.
- Adote a autenticação de dois fatores em aplicativos sensíveis.
- Em caso de desvio de valores, faça um boletim de ocorrência, independentemente do valor.
Ficar atento a essas orientações pode ajudar a proteger suas finanças e evitar cair vítima desse golpe sofisticado de roubo pelo Pix.
Da Redaçãocom Estadão