Manaus enfrenta a terceira pior seca já registrada em sua história, com o Rio Negro atingindo a marca de 13,91 metros nesta sexta-feira (13). A cidade se encontra a meros 28 centímetros da vazante histórica ocorrida em 2010, quando o rio atingiu seu nível mais baixo, chegando a 13,63 metros.
A capital amazonense é apenas uma das 60 cidades do estado afetadas por essa seca severa deste ano. Apenas Presidente Figueiredo e Apuí permanecem com níveis normais, em contraste com o restante do estado.
A atual cota do Rio Negro representa a terceira maior seca na cidade desde 1902, ano em que o monitoramento no Porto de Manaus começou, utilizando uma régua para medir diariamente os níveis das águas. Comparativamente, em 2010, na mesma data, o rio estava a 15,45 metros, o que significa um nível 1,54 metro mais alto.
Como resposta a essa situação, Manaus declarou estado de emergência em 28 de setembro deste ano devido à seca do Rio Negro. A diminuição do nível da água também resultou no esgotamento de lagos e igarapés que cruzam a cidade, causando impactos nas comunidades ribeirinhas, que estão sofrendo com a escassez de alimentos e água potável.
No âmbito do Amazonas, 42 municípios se encontram em estado de emergência, 18 estão em alerta, enquanto nenhum está em estado de atenção. Apenas Presidente Figueiredo e Apuí permanecem imunes aos problemas de acesso relacionados à seca, segundo informações da Defesa Civil estadual. No estado como um todo, 273 mil pessoas, pertencentes a 68 mil famílias, estão sendo afetadas por essa vazante.
Da redação
Fonte: G1