A partir desta quinta-feira (1º/2), os preços da gasolina, do diesel e do botijão de gás ficarão mais caros no Brasil. O aumento é resultado da vigência de novas alíquotas do ICMS, imposto estadual que incide sobre os combustíveis.
O ICMS da gasolina subirá R$ 0,15, para R$ 1,37 por litro. Com isso, o preço médio do combustível no país passará de R$ 5,56 para R$ 5,71 por litro.
No diesel, a alta será de R$ 0,12, para R$ 1,06 por litro. Com isso, o preço do diesel S-10 voltará a ficar acima dos R$ 6 por litro.
Já a alíquota do gás de cozinha foi definida em R$ 1,41 por quilo, aumento de R$ 0,16 em relação ao vigente atualmente. Com isso, o botijão de 13 quilos, em média, subirá de R$ 100,98 para R$ 103,60.
O aumento do ICMS é criticado pelo setor, que alega que a intensidade da alta é excessiva. As distribuidoras de gás de cozinha, por exemplo, alegam que em 18 estados o botijão passa a ter alíquota equivalente a mais de 18% do preço do produto, excedendo o teto legal para a cobrança do imposto sobre produtos essenciais.
O aumento dos impostos ocorre num momento de queda do preço da gasolina no país, reflexo da redução das cotações do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos. Gasolina e etanol mais baratos contribuíram para que o IPCA-15 atingisse, em janeiro, a menor taxa para o mês em cinco anos.
A alta na carga tributária pega a Petrobras com pouca margem para redução de preços nas refinarias, medida que foi adotada para minimizar aumentos de impostos em 2023. O preço do petróleo subiu 6% na semana, diante da instabilidade geopolítica e de sinais de recuperação da economia dos Estados Unidos.
Na abertura do mercado dessa sexta-feira (26/01), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,18 por litro abaixo da paridade de importação medida pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustível (Abicom). No caso do diesel, a diferença era de R$ 0,40 por litro.
Em sua nova política de preços, a Petrobras diz que não usa mais apenas esse indicador, considerando também o custo interno de produção e a disputa pelo mercado com outros combustíveis concorrentes. Mas a companhia não tem se afastado muito dos preços internacionais.
Nas primeiras 28 semanas sob a nova política, por exemplo, o preço médio de venda da gasolina da estatal equivaleu, em média, a 97% da paridade de importação calculada pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis). Já o preço médio do diesel foi equivalente a 92% da paridade.
A alta dos preços dos combustíveis é um dos principais fatores de pressão sobre a inflação no Brasil. O IPCA, índice oficial de inflação, fechou 2022 em 10,06%, o maior patamar desde 2015.
Da redação
Fonte: FolhaPress
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