Foi instaurado por uma comissão processante especial da Controladoria Geral do Município de Sete Lagoas uma investigação acerca de possíveis infrações contratuais cometidas pela Turi, concessionária do transporte urbano da cidade. A empresa está em uma crise deflagrada após diversas paralisações realizadas pelos funcionários pela reivindicação de salários, com greve que foi suspensa e pode retornar a partir do mês de abril.

A ação foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) de sexta-feira (21). A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana solicitou a instauração do processo administrativo para apurar “suposta inexecução contratual” da Turi. As penalidades previstas estão como advertência, multa e impedimento de participar de licitações municipais.
A relação entre a concessionária e o executivo municipal passa por atritos desde as paralisações realizadas por funcionários reclamando os pagamentos de salários atrasados e também da recomposição de seus vencimentos. Em diversas oportunidades, o prefeito Douglas Melo (PSD) afirmou que não aceitaria uma greve do serviço, aludindo que já aconteceu o aumento da tarifa do ônibus, reajustada para R$ 5,20 neste ano.
Enquanto isso, o sindicato que representa os funcionários da Turi lutam para conseguir o aumento nos salários e no vale-alimentação, atualmente sendo pagos em R$ 500,00. No último dia 12 de março, em audiência da Justiça do Trabalho, foi proposto o aumento de 8% no vencimento dos motoristas, e de 40% no vale. A concessionária ainda não respondeu se aceita o acordo e uma nova audiência irá acontecer no dia 31; caso não haja acordo, a categoria irá realizar nova assembleia que pode retornar com a paralisação do serviço em Sete Lagoas.