Permanece crítico o estado de saúde das três pessoas que foram internadas há oito dias após ingerirem uma torta de frango comprada em uma padaria do bairro Serrano, na região da Pampulha, em Belo Horizonte. A idosa Cleuza Maria de Jesus Dias, de 75 anos, sua sobrinha Fernanda Isabella de Morais Nogueira, de 23, e o namorado desta, José Vitor Carrilho Reis, de 24, ambos residentes em Sete Lagoas, seguem em coma, recebendo cuidados intensivos em hospitais da capital mineira.

A atualização sobre o quadro clínico das vítimas foi feita nessa terça-feira (29) por Jorge Dias, filho de Cleuza, ao jornal O Tempo. “Todos permanecem em coma e no mesmo estado. Teremos mais notícias no decorrer do dia”, declarou, demonstrando a apreensão dos familiares.
O caso, que chocou a comunidade de Sete Lagoas e Belo Horizonte, está sob investigação da Polícia Civil. As autoridades não descartam nenhuma hipótese, incluindo envenenamento e contaminação por toxinas ou micro-organismos presentes no alimento. A padaria onde a torta foi adquirida foi interditada pela Vigilância Sanitária, que constatou a ausência de alvará sanitário e diversas falhas de higiene e estrutura no estabelecimento.
Exames preliminares realizados nas vítimas apontam para a possível presença de três substâncias químicas: carbamato, organofosforado ou toxina botulínica. Amostras dos produtos alimentícios foram coletadas pela perícia da Polícia Civil para análise laboratorial, buscando identificar a causa exata da grave intoxicação.
O proprietário da padaria prestou depoimento à polícia e foi liberado. Em seu relato, ele informou que os produtos eram preparados por um padeiro contratado como freelancer, com quem não mantém mais contato. A esposa do padeiro, que o acompanhou à delegacia, defendeu a inocência do marido, afirmando que todos em sua residência consumiram a torta sem apresentar qualquer sintoma adverso.
Em um novo desdobramento, o padeiro apontado como responsável pela torta contaminada anunciou que pretende tomar medidas legais contra o dono da padaria, alegando ter sido acusado injustamente pelo ocorrido.
O casal de Sete Lagoas, devido à gravidade do quadro, precisou ser transferido para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou ter recebido uma notificação para possível caso de botulismo, o que reforça a complexidade da investigação e a preocupação com a saúde das vítimas.
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